Mais da metade das escolas da rede pública estadual de ensino do Rio de Janeiro terão turmas de ensino médio em turno integral em 2020. Esta foi a previsão apresentada pela Secretaria Estadual de Educação em audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj).
Segundo a pasta, serão 56% das escolas, número que corresponde a 583 unidades da rede, representando um aumento de 117% em relação ao ano corrente. Ao todo, serão 2.159 turmas, com capacidade 75.567 alunos no ano que vem.
Os dados foram apresentados pela subsecretária estadual de Educação, Ana Paula Velasco, à uma comissão especial da Alerj destinada acompanhar a implementação do turno único de no mínimo 7 horas em toda a rede estadual, medida estabelecida pela Lei 8.367, de 2019.
De acordo com a subsecretária, para fazer essa ampliação, foi lançado em julho o Programa Escola pra Vida, em parceria com a Fundação de Apoio à Escola Técnica (FAETEC), o Instituto Trevo, os consulados do México e do Equador, entre outras entidades.
Segundo Ana Paula Velasco, a oferta no horário integral se dará com atendimento de cursos profissionalizantes na matriz curricular de 283 escolas e de cursos de formação inicial e continuada (FIC) em 374 escolas, em 2020, oferecendo aos 92 municípios fluminenses unidades escolares com turmas de tempo integral.
“O programa pretende institucionalizar e tornar perene o horário integral no ensino médio. Hoje, nossos jovens precisam de uma melhor formação e o turno integral vai proporcionar a eles uma melhor inserção no mercado de trabalho ou na universidade”, afirmou a subsecretária. “A secretaria trouxe uma apresentação muito esclarecedora, em que demonstra realmente o interesse em ampliar a oferta de turmas em tempo integral”, avaliou o presidente da comissão, deputado Sérgio Fernandes (PDT).
De acordo com a secretaria, há ainda previsão de escolas com ensino diferenciado na rede pública estadual com início em 2020, sendo 3 unidades com ênfase no esporte, uma delas em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), e outras duas escolas interculturais, a partir da colaboração com os consulados do México e do Equador.
A subsecretária concluiu revelando que o projeto inclui a instalação de aproximadamente 30 escolas cívico-militares, atendendo ao anunciou do Ministério da Educação (MEC), em julho desse ano, de que lançaria 108 escolas nesses moldes até 2023, modelo que ainda divide opiniões de especialistas.