A situação dos profissionais da educação na Região dos Lagos está bem complicada, além da greve dos servidores estaduais, com diversas ocupações em escolas de toda a Região, os servidores municipais também enfrentam problemas para conseguir negociar com o município. Em São Pedro da Aldeia e Cabo Frio, a categoria está fortemente mobilizada na luta por suas demandas.
Desde segunda-feira, 18, os professores de São Pedro da Aldeia estão em greve por tempo indeterminado. De acordo com o sindicato, cerca de 400 profissionais aderiram ao movimento, após diversas tentativas frustradas de negociar com a administração municipal.
Entre os pontos apontados pelos grevistas estão a falta de infraestrutura das escolas, qualidade inadequada da merenda e benefícios que não estão sendo pagos, como vale transporte, além de salários defasados, reajuste abaixo da inflação, dentre outras demandas. Outra causa aderida, segundo o Sepe Costa do Sol Base é a demissão de dois professores, que teriam sido demitidos por aderirem a greve.
Já em Cabo Frio, as aulas retornaram depois de aproximadamente três meses de greve. Porém, muitos problemas continuam em evidência, inclusive o atraso dos salários, a falta de benefícios e a péssima estrutura em diversas unidades. Sendo assim, a categoria decidiu iniciar novamente o movimento.
Nesta terça-feira, 19, os profissionais da Educação de Cabo Frio participaram de uma manifestação pelas ruas do Centro da cidade e seguiram para a Câmara dos Vereadores, onde conseguiram expressar a situação, através da tribuna livre. Segundo o Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe Lagos), aproximadamente 70% dos professores aderiram à paralisação e os profissionais que seguem trabalhando foram contratados recentemente e não podem participar do ato.
A categoria decidiu ainda em assembleia, a criação de Projeto de Lei de Iniciativa Popular que garante lotação a todo servidor público de Cabo Frio; encaminhar à SEME a solicitação da lotação do servidor nas UEs; compromisso dos prefeitáveis com a lotação dos servidores, incluindo esses servidores no PCCR; e assembleia na próxima segunda-feira, dia 25, às 18h, no Edilson Duarte. Na última assembleia já tinha ficado também definido que a categoria fará paralisação todo sábado letivo até resolver a situação da educação.
Foto: Sepe Lagos