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Vereadores de Macaé voltam a criticar gestão da secretária de Saúde, Liciante Furtado

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A Câmara Municipal de Macaé voltou a criticar a gestão da secretária de Saúde, Liciane Furtado, em fala dos vereadores Cesinha (PROS), presidente da Casa, e Iza Vicente (REDE), que pediram autonomia na gestão para fazer “o que é melhor para a população”, como argumentou a vereadora.

Em sessão ordinária iniciada na manhã desta terça-feira, 15, Iza Vicente, que elogiou a ida do prefeito Welberth Rezende (CIDADANIA) à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio, na última semana, em busca de soluções para a Saúde municipal, chegou a afirmar que o setor enfrenta problemas e precisa de uma “intervenção”.

“Está difícil, está complicado. Eu sei que, assim como eu tenho observado, os vereadores também estão observando. Não é a 1ª nem a 2ª vez que eu venho a essa tribuna falar sobre esse assunto. E ontem nós visitamos o Núcleo de Saúde Mental, lá no Aeroporto. E, assim, é uma situação complicada. O tempo que a pessoa espera para ter atendimento com psiquiatra, para ter um atendimento de saúde mental, e é uma coisa que se não for tratado urgente, a pessoa só vai regredindo, não consegue avançar. Então é importante, nesse momento de transição, que o prefeito está tentando acertar, que ele veja que na Saúde precisa de pessoa preparada, qualificada, com disposição para arregaçar as mangas, e dar conta desse desafio. Foram 2 anos de pandemia, e é todo esse passivo de fila, colocar novas técnicas, implantar gestão”, apontou Iza Vicente.

Iniciado pela gestão Welberth Rezende em novembro de 2021, o contato com a Fiocruz se intensificou no último dia 11 de fevereiro, com a sinalização de uma parceria para definiu um novo modelo de assistência de Saúde pública em Macaé.

“A proposta é construir um projeto-modelo que promoverá a restruturação da rede [pública] municipal de atendimento através da inovação, com base em estudos e pesquisas desenvolvidas pela instituição que é referência internacional em ciência voltada a qualidade de vida da população”, contou a prefeitura na semana passada.

Alvo das críticas da Câmara, a secretária de Saúde participou do encontro com a Fiocruz ao lado do prefeito, e dos secretários adjuntos de Atenção Básica, Luiz Carlos Braga, e de Alta e Média Complexidade, Antônio Carlos Soares, além do Diretor da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP), Marco Antônio Menezes, que funciona dentro do completo da Fiocruz.

“A nossa proposta é reorganizar a rede básica de Saúde de Macaé. Hoje, 33% do nosso orçamento é investido em Saúde e precisamos que isso seja revertido em atendimento de qualidade. Buscamos a expertise da Fiocruz para definir um novo fluxo começando pela Atenção Básica, estabelecendo polos de atendimento, centros de referência, programas de prevenção e qualificação da nossa equipe”, acrescentou Welberth Rezende na ocasião.

A ideia, segundo o governo, é que a parceria tenha como ponto inicial a composição de um grupo de trabalho para analisar dados sobre a rede de Saúde de Macaé e definir o planejamento para uma reestruturação, garantindo, assim, a formalização desta cooperação.
Todo o esforço da atual gestão na área da Saúde, porém, não são suficientes para os vereadores, que voltaram a questionar o trabalho da secretária de Saúde, que assumiu o cargo no início da gestão, em janeiro de 2021, já durante a pandemia do coronavírus, que teve seu 1º caso confirmado em março de 2020, em Macaé.

“E a gente vê, por exemplo, o orçamento publicado hoje. Está no Portal da Transparência. A gente vê em torno de 700 milhões [de reais] na Saúde, e ele é exatamente o que a vereadora Iza está relatando aqui. O que está faltando para a Saúde, todos os profissionais que me perdoem, mas o que está faltando para a Saúde de Macaé é um gestor na pasta que queira, que tenha pulso, que tenha vontade, para resolver o problema da Saúde de Macaé. Porque o problema é sério. E a Saúde tem pressa”, argumentou Cesinha.

Os questionamentos foram reiterados pela vereadora, que também sugeriu ao prefeito uma troca no comando da pasta, além de pedir autonomia para a gestão da Saúde do município para melhorar o atendimento da rede pública municipal.

“Nós precisamos de um gestor ou de uma gestora que, de fato, assuma o desafio da Saúde pública de Macaé. E com autonomia. Eu acho que composições políticas são válidas, mas a Saúde é uma das pastas mais estratégicas para o município, e quem deve estar à frente, quem deve estar coordenando, eu acredito, minha opinião, são pessoas que têm a autonomia para fazer o que é melhor para a população. Sempre”, concluiu Iza Vicente.


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