Mídias Sociais

Destaque

Primeiros 150 dias da gestão de Rafael Diniz em Campos são marcados por arrocho financeiro

Publicado

em

 

Mesmo com previsão de aumento no orçamento para 2018, prefeitura cobra prejuízo da população

 

Foto: Reprodução

Tunan Teixeira

 

Que as cidades da Região dos Lagos e do Norte Fluminense, bem como o próprio Estado do Rio, passam por sérias dificuldades financeiras, isso não é novidade para ninguém, desde que os preços do barril de petróleo começou a despencar em meados de 2015.

Mas não é só isso que vem se repetindo neste 2017, por exemplo, com a cidade de Campos dos Goytacazes, onde, como também já é comum em todo país, quem parece ter recebido a conta pelo prejuízo financeiro do município foi a população.

É que o a imprensa da cidade vem constatando depois dos primeiros 150 dias da gestão do Prefeito Rafael Diniz (PPS), eleito em outubro de 2016, e que, na última semana, apresentou à Câmara dois polêmicos projetos de lei que impactam diretamente o bolso do trabalhador campista.

Os projetos de lei, que já tramitam no Legislativo, modificam o programa da tarifa social nos transportes municipais, que, se aprovado, elevará o preço das passagens de R$ 1 para R$ 2, podendo prejudicar cerca de 300 mil usuários. O outro projeto de lei visa promover uma expressiva redução nas transferências sociais às famílias mais vulneráveis da sociedade, proposta essa que, de acordo com a revista Viu! na internet, já criticada pelo Conselho Municipal de Assistência Social.

De acordo com estudo do Instituto de Política Econômica Aplicada (IPEA), divulgado pela revista nesta segunda-feira, 6, a proposta do aumento das passagens vai provocar um efeito colateral na economia, reduzindo a poupança do trabalhador e a circulação de recursos no comércio na ordem de 28 milhões de reais ao ano.

O levantamento teria sido feito pelos pesquisadores Marco Cavalcanti e Luciano Vereda, e destaca que a transferência social, apesar de reiteradas críticas de setores da classe média, não é caridade em economia, alegando que, para cada R$ 1 de gastos públicos em transferências sociais, mais R$ 0,60 se multiplicam diretamente no PIB de uma cidade.

Para os pesquisadores do IPEA, passando para R$ 2 a tarifa, a prefeitura deixa de investir 1,5 milhão de reais em transferências sociais por mês no sistema de mobilidade, o que equivalem a 18 milhões de reais por ano.

“Esse custo passará ao trabalhador, reduzirá sua poupança e a circulação de recursos no comércio”, reforça o estudo, que acrescenta que “é como se a Prefeitura de Campos fizesse a escolha por desperdiçar recursos e não por sua racionalização: se você considerar o volume de 18 milhões de reais um investimento, ele teria 10 milhões de retorno em 12 meses, em acréscimo no PIB, mais que a poupança, por exemplo, que renderia apenas 1,2 milhão de reais no mesmo período”.

Outro ponto curioso a respeito dos cortes da Prefeitura de Campos são os números surpreendentes constantes na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2018, também já tramitando na Câmara Municipal.

Segundo a lei, que teve informações divulgadas pelo site Fator Econômico, graças às previsões de aumentos nominais de arrecadação municipal, principalmente ligados aos royalties, o orçamento prevista para o próximo ano deve ser de quase meio milhão de reais, saltando de R$ 1.585.968,00 para R$ 2.039.720.748,37, conforme descrito na LDO, de autoria do Executivo.

De acordo com o economista Ranulfo Vidigal, que presta consultoria para o site da revista, porém, os números do CAGED-MT (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho) demonstram uma estagnação nos três setores mais empregadores na cidade (comércio, serviços e construção civil), mesmo com o crescimento da indústria sucroalcooleira, devido à safra de abril, e que ainda deve apresentar bons resultados na economia campista até meados de julho.

Em nota sobre as medidas enviadas à Câmara, na semana passada, a Prefeitura reitera que o momento é de ajustes na contas públicas, e diz que já cortou 500 cargos comissionados, os chamados DASs, avisando que o arrocho econômico deve continuar nos próximos meses, todavia, sem explicar se os cortes continuarão fazendo com que a população siga pagando a conta pela crise financeira do município.


Clique Diário

E. L. Mídia Editora Ltda
CNPJ: 09.298.880/0001-07
Redação: Rua Tupinambás 122 Gloria – Macaé/RJ

comercial@diariocs.com
(22) 2765-7353
(22) 999253130

Mais lidas da semana