Começaram, nesta segunda-feira, 16, em Macaé, as comemorações pelo Dia Internacional de Combate à LGBTfobia, que é celebrado no dia 17 de maio, e tem o objetivo de conscientizar a sociedade sobre o tema.
A organização dos eventos pela celebração da data é de responsabilidade da Coordenadoria de Políticas de Acesso e Gênero, da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos e Acessibilidade, que preparou várias ações ao longo dessa semana.
Coordenadora de Políticas de Acesso e Gênero, Tayse Marinho explica que essas ações contarão com a parceria do Centro de Cidadania LGBT da Baixada Litorânea e do Programa Rio sem LGBTFOBIA, do governo estadual.
“Teremos também a participação da Secretaria Municipal da Mulher. A luta contra a LGBTfobia ainda é diária por respeito e afeta a vida de milhares de pessoas”, lembrou Tayse Marinho.
A programação, que se estende até esta quinta-feira, 19, começou com uma ação de panfletagem, nesta segunda, com informativos sobre a LGBTfobia nas unidades de Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) e de Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS), da rede pública municipal.
A conscientização e sensibilização da população segue nesta terça-feira, 17, com uma ação sobre a importância de combater o preconceito e a violência contra a população LGBTQIA+, que acontece em frente à Sociedade Musical Nova Aurora, das 9h às 16h.
A programação se encerra nestas quarta e quinta-feira, 18 e 19, com uma jornada informativa voltada para a capacitação dos profissionais e servidores da Secretaria de Saúde, que acontece das 9h às 12h e das 14h às 17h, no auditório do Centro de Especialidades Dona Alba, no centro da cidade.
Tayse Marinho explica que todas as atividades programadas para esta semana serão conscientizadoras e informativas, com o objetivo de reforçar a importância de combater o preconceito, a violação dos direitos e a violência à população LGBTQIA+ no município.
De acordo uma pesquisa até então inédita no Brasil, feita em 2020, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e pelas secretarias de Assistência em Saúde, e de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, a partir de dados do Sistema Único de Saúde (SUS), a cada uma hora uma pessoa LGBTQIA+ é agredida no Brasil.
Na época, a pesquisa, que teve participação também do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) e da Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS), levou em consideração dados entre 2015 e 2017, quando foram encontrados mais de 24,5 mil registros de agressão contra a população LGBTQIA+, o equivalente a 22 casos por dia.
Em reportagem da revista Carta Capital, em julho de 2020, os pesquisadores alertaram, porém, para um cenário ainda pior para a comunidade LGBTQIA+ no país, já que muitas pessoas não registram ocorrência, e muitos não colocam sua orientação sexual por medo ou vergonha, o que, segundo os pesquisadores, faz aumentar os casos de subnotificação da violência.
Tayse Marinho lembra ainda que a data de 17 de maio é um dos marcos mundiais mais importantes para a comunidade LGBTQIA+, por lembrar a decisão da Organização Mundial de Saúde (OMS) de retirar a homossexualidade do Código Internacional de Doenças (CID), em 1990.
“Pessoas de todo o mundo se mobilizam para falar e lutar contra o preconceito, a violência e discriminação, sobre uma nova perspectiva de que vivemos novos tempos de equidade, de tolerância, da garantia dos direitos humanos e respeito à diversidade de gênero”, ressaltou a coordenadora de Políticas de Acesso e Gênero.