Polícia Federal cumpre mandato de busca e apreensão na casa de ex-procurador da Câmara de Campos
Tunan Teixeira
Engrossando a lista de ex-governadores do Rio presos por corrupção, Anthony Garotinho (PR) voltou a ser alvo de ações da Justiça, com a acusação de que o advogado Luiz Fellipe Klein estaria oferecendo suborno a Juiz em nome do ex-governador e ex-prefeito de Campos dos Goytacazes.
Na última quarta-feira, 20, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do ex-procurador da Câmara Municipal de Campos, que foi interventor da prefeitura na empresa de reboques e guarda de veículos, Pátio Norte, no final da gestão Rosinha Garotinho (PR).
Aliado de Garotinho, que está em prisão domiciliar, o advogado é apontado como suposto intermediário no oferecimento de até 5 milhões de reais ao juiz Glaucenir de Oliveira para evitar a prisão do ex-governador, e também de seu filho, Wladimir Matheus, durante a Operação Chequinho, no ano passado.
A operação recebeu o nome em alusão às acusações de compra de votos nas eleições municipais de 2016 através de esquema de corrupção envolvendo a troca de benefícios do programa Cheque Cidadão, que gerou a prisão e a investigação de diversos agentes públicos da cidade.
Segundo as denúncias, Klein estaria agindo a mando de Garotinho, e a tentativa teria sido oferecida por meio de 2 empresários, em novembro do ano passado, e que não se concretizou, segundo o magistrado.
O juiz denunciou o caso após a polêmica envolvendo a transferência do ex-governador da Unidade de Tratamento Intensiva (UTI), de um Hospital do Rio de Janeiro, para o Complexo Penitenciário de Bangu, medida duramente criticada em sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que anulou o decreto de prisão.
Na época, Glaucenir de Oliveira atuava como juiz substituto na Operação Chequinho, cujas investigações levaram o ex-governador e diversos agentes públicos do município, como ex-secretários e vereadores, à reclusão domiciliar.
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