Parece que educação passa longe das prioridades da atual administração municipal de Cabo Frio. Prova disso, é o número de pastas, requerimentos e demais documentos de problemas ligadas a educação, que atual gestão do Conselho Tutelar de Tamoios, acumulou, em apenas quatro meses de atendimento.
Dentre os problemas, está a questão do transporte escolar. Com o número de vagas escasso, responsáveis foram obrigados a optar por escolas longe de suas residências, para conseguir matricular seus filhos e agora sofrem para conseguir buscar e levar as crianças. Apesar do município oferecer o benefício do transporte escolar, as vagas oferecidas não atendem à demanda, deixando quem precisa numa situação delicada. “Nós recebemos aqui notificação de evasão escolar, vamos procurar os responsáveis, e chegando lá descobrimos que é uma família carente, que não tem condições de ficar pagando passagem para levar e buscar o filho todo dia na escola, e que não consegue vaga no transporte do município. É uma situação complicada. O que nós temos feito é aconselhar ao responsável a procurar a defensoria pública, já que ofícios e pedidos a secretaria de educação, não tem resolvido o problema”, explicou a conselheira Graziele.
Outro problema apresentado pelos responsáveis dos jovens e crianças de Tamoios é com relação a falta de vagas nas escolas. Segundo o conselho, há muitas crianças fora da sala de aula ou sendo obrigadas a se deslocarem para outros municípios, pois Cabo Frio não foi capaz de atender a demanda, apesar de ter obras de escola parada. “Com relação, a falta de vaga é algo assustador. Simplesmente, não há vagas. Estamos com uma determinação, encaminhada por um juiz, que teria que ser cumprida imediatamente, e mesmo assim, a criança ainda está fora de sala de aula. Quando se trata de creche a situação é ainda mais delicada, estamos com um requerimento pedindo explicações sobre a matricula na creche inaugurada este ano, que não estava na pré-matrícula. Quem foram as pessoas beneficiadas?”, Questionou o conselheiro Jorge Shock.
Outro problema relatado foi a falta de auxiliares especializadas em atender alunos especiais. Esses estudantes tem por direito a ter alguém para acompanhar e auxiliar seu desenvolvimento dentro da unidade escolar, o que não tem acontecido de forma adequada, fazendo com que pais tenham receio de deixá-los na escola.
Ainda segundo os conselheiros, os problemas não param por ai, a falta de professores nas unidades, falta de segurança, dentre outros pontos também entram na extensa lista de problemas, sem nenhuma previsão de solução.