Em meio à polêmica sobre as incorporações de salários dos servidores públicos municipais, suspensas pela Justiça no fim de maio deste ano, o Presidente da Câmara Municipal de Macaé, Dr. Eduardo Cardoso (PPS), explicou que o recurso do Legislativo não tem nada a ver com questões pessoais.
“Essa não foi uma decisão da Presidência da Câmara, até porque eu não ganho esse dinheiro todo que está sendo divulgado por aí. Meu salário é bem menos”, disse Dr. Eduardo.
O vereador revelou que as medidas tomadas fazem parte das obrigações do Legislativo, uma vez que a Câmara aprovou as duas leis, em 2011 e 2012, durante o governo do ex-prefeito, Riverton Mussi, que previam o pagamento dos benefícios.
“Na verdade, a Câmara está apenas cumprindo seu papel, uma vez que ela aprovou essas leis. Então cabe à ela defender a constitucionalidade dessas leis, e é isso que ela está fazendo. Não se trata de uma decisão do presidente”, esclareceu.
Sobre o suposto supersalário, que, segundo alguns sites, seria de mais de 40 mil reais, Dr. Eduardo, que é médico socorrista concursado da prefeitura, negou os altos valores e declarou que vai tomar as medidas cabíveis contra os responsáveis pela divulgação equivocada.
De fato, conforme o Portal da Transparência, o salário de Dr. Eduardo, em maio deste ano, não passou de R$ 5.979,69. E, mesmo antes do pagamento das incorporações serem suspensas pela prefeitura, através do Decreto 175/2015, os rendimentos do vereador não passaram de R$ 10.605,00, recebidos em janeiro e fevereiro daquele ano.
A polêmica envolvendo o valor se deu quando os vencimentos de junho de 2015 foram divulgados no portal da prefeitura, quando Dr. Eduardo recebeu R$ 33.173,09 (R$ 43.044,67 brutos), justificados em sessão plenária da Câmara, na época, como provenientes de férias acumuladas, que estavam atrasadas, pois ele não as teria tirado quando foi Secretário de Saúde.
Tunan Teixeira