Sepe também foi tema da sessão da Câmara nesta terça-feira, 20
Thaiany Pieroni
O clima estava tenso na sessão da Câmara dos vereadores de Cabo Frio dessa terça-feira, 20, além da presença de representantes do Sindicato dos profissionais da Educação na assistência, que automaticamente vem com um clima de manifestação, a vereadora Letícia Jotta soltou algumas farpas para o vereador Vanderlei Bento, por querer levar o título de precursor das conquistas na Prolagos.
Logo no início da sessão, o vereador líder de oposição, Vanderlei Bento utilizou a tribuna para falar sobre sua conquista com relação a Prolagos. Segundo ele, em reunião com a concessionária foi possível negociar o fim da tarifa de corte da Prolagos, que custava o valor de R$88,00 para os consumidores, e do início do prazo de trinta dias para aviso prévio sobre o corte de água.
Segundo o vereador, esses dois pontos eram reclamações constantes dos cabofrienses, que por diversas foram manifestar sua insatisfação em seu gabinete, o que originou essa negociação com a Prolagos. O vereador também falou das melhorias que serão colocadas em pratica em breve sobre a tarifa social.
Porém, para a vereadora Letícia Jotta, a versão não é exatamente como o vereador contou. Durante sua explicação pessoal, a vereadora desabafou que não ficou satisfeita com a forma pela qual o vereador está tratando o assunto, querendo "Ficar com os louros", já que ela teria feito a mesma solicitação a Prolagos.
"Não fui eu, nem só o vereador Vanderlei, todos os vereadores tiveram a sua contribuição", ressaltou Letícia.
O vereador Vanderlei até tentou se defender, mas como a vereador falou durante a explicação pessoal, não foi possível conceder a parte ao vereador, que ficou de se pronunciar sobre o caso em um próxima sessão.
Sepe na Câmara - Como era de se esperar, representantes do Sindicato dos Profissionais da Educação marcaram presença na sessão desta terça-feira, 20. Apesar de algumas manifestações no decorrer da sessão, desta vez, o clima ficou um pouco mais tranquilo.
O vereador Rafael Peçanha aproveitou a ocasião para criticar a desorganização administrativa da atual gestão, que tem errado em alguns pontos, principalmente, se tratando do pagamento dos servidores.
"Temos contratos da educação sem parte do pagamento de abril, outros sem o pagamento de maio e ainda muitos com o salário errado. Se não havia condições financeiras de arcar com os compromissos por que fizeram uma acordo?", questionou o vereador, que afirmou que era sabível que há um pico de arrecadação no início do ano e que depois essa arrecadação cai, e que não seria possível que um governo com experiência não percebesse isso antes de firma o acordo.
O vereador Vanderlei Bento também aproveitou a tribuna para criticar a atual gestão, com base na situação dos servidores. "Temos um gestor que dá a palavra e volta atrás. Prometeu que não ia mexer no ensino médio e não cumpriu. A câmara teve que interferir para amenizar a situação. O prefeito prometeu da prioridade para os professores, o que estamos vendo é dando prioridade em contratos emergências. Estou aqui para cobrar respeito a uma categoria que merece respeito", ressaltou o vereador que destacou que está vendo a atual gestão aplicando o mesmo modelo praticado pelo governo passado.
Para encerrar, o presidente da Câmara Aquiles Barreto, defendeu o governo divulgando que apesar das dificuldades econômicas, o governo complementou com mais de 38 milhões, além da verba do Fundeb para quitar o salário da educação; E destacou que o governo tem feito de tudo, assim como a secretaria de educação, para respeitar o pagamento dos salários dos trabalhadores.
Aquiles ainda informou que o pagamento dos servidores tinha sido liberado naquela hora, assim como o vale transporte, que estaria disponível no prazo máximo de 72 horas.
Antes da sessão - Antes da sessão, os vereadores se reuniram com representantes do SepeLagos, no gabinete da presidência. Entre os assuntos debatidos, a não realização de quatro sessões devido às manifestações realizadas na plenária da Casa. Os sindicalistas rebateram a crítica e afirmaram que essa é a única maneira da categoria ter atenção; uma vez que, na reunião marcada com os vereadores para tratar sobre a situação dos auxiliares de classe, ninguém compareceu e a penas o vereador Rafael Peçanha justificou a ausência, através de ofício enviado ao sindicato, dizendo que estava dando aula em Macaé no dia marcado.
A não liberação do uso da Tribuna também foi questionada pelos servidores. O presidente da Câmara, Aquiles Barreto, disse que estava seguindo o regimento da Casa, mas, ao final da reunião, se comprometeu a conversar com os vereadores para abrir uma exceção e a Tribuna ser utilizada pela categoria nesta quinta-feira, 22.