Mídias Sociais

Política

UENF celebrou 24 anos mais preocupada com problemas do que com comemoração

Publicado

em

 

Crise financeira do Governo do Rio tem se refletido fortemente nas universidades estaduais

 

Tunan Teixeira

 

Na semana passada, uma das instituições educacionais mais importantes da região, a Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) celebrou 24 anos de existência sem tantos motivos para comemorar.

Mesmo com sua rica história, a instituição pensada por Darcy Ribeiro e materializada por Leonel Brizola, na cidade de Campos dos Goytacazes, viveu um aniversário marcado por uma crise profunda em que a UENF está imersa pela proposta de Estado mínimo que está sendo impulsionada pelo Governo Pezão (PMDB).

Segundo o professor Marcos Pedlowsky, que escreve para o site da revista Viu!, a instituição está desprovida de verbas de custeio desde outubro de 2015, e vem tendo sua capacidade criativa sufocada pela inexistência de condições mínimas de funcionamento.

“Aqui não estou falando aqui do imenso matagal que está se formando em partes do campus Leonel Brizola, nem dos muitos prédios que se encontram incompletos e sem prazo de conclusão, que tanto chocam jornalistas que pedem imagens da situação em que a UENF se encontra neste momento”, revelou o professor associado da UENF, que é bacharel e mestre em Geografia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Segundo ele, a capacidade criativa da UENF está sendo sufocada em suas práticas pedagógicas, além de sofrer com a falta de insumos básicos nos seus cursos de graduação e pós-graduação.

“É como se aos poucos, a UENF esteja sendo desprovida do que tem de melhor, e se adequando ao minimalismo criativo e descompromisso com a sociedade fluminense que transbordam em todas as ações do (des) governo Pezão”, criticou.

Assim como a UERJ, na capital fluminense, a UENF também vem tentando se adequar ao modelo minimalista imposto pelo governo estadual. Dentre elas, a que mais preocupa é que a saída pensada pelo governo para a falta de recursos seria a cobrança de mensalidades dos estudantes e a venda de serviços pelo corpo docente.

“Se concretizadas essas duas medidas significarão o fim da universidade pensada por Darcy Ribeiro e a consumação do Estado mínimo engendrado pelo governo ‘de facto’ que se instalou de forma ilegítima em Brasília e que está sendo aplicado na forma de um laboratório avançado pelo (des) governo Pezão no estado do Rio de Janeiro”, analisou o professor.

Foto: Reprodução


Clique Diário

E. L. Mídia Editora Ltda
CNPJ: 09.298.880/0001-07
Redação: Rua Tupinambás 122 Gloria – Macaé/RJ

comercial@diariocs.com
(22) 2765-7353
(22) 999253130

Mais lidas da semana