Segundo governo do estado, 32.838 servidores receberão os salários de agosto nesta sexta-feira, 6
Tunan Teixeira
Nem a assinatura do tão falado Plano de Recuperação Fiscal com o governo federal, que o Governador Pezão (PMDB) e seus aliados na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) trataram como “tábua de salvação”, parece ter dado fim à crise financeira no Governo do Estado do Rio, que beira a falência.
Prometendo usar os recursos federais para quitar os salários atrasados, que se arrastam desde o ano passado, o governo do estado segue sem dinheiro, de acordo com o próprio governador, que anunciou que vai pagar os salários de agosto. Mas não todos.
Segundo Pezão, nesta sexta-feira, 6, o governo do estado anunciou que depositará os salários integrais de agosto de 32.838 servidores ativos, inativos e pensionistas, de todas as categorias, que recebem vencimento líquido de até R$ 3.322,72, somando 100 milhões de reais.
O Governo do Estado do Rio também prometeu que serão quitados integralmente os vencimentos de agosto para os servidores ativos da Secretaria de Cultura, incluindo os servidores da Funarj, Theatro Municipal e Fundação Museu da Imagem e do Som.
Caso faça mesmo esses depósitos, os vencimentos de agosto ficarão pendentes para 38.607 servidores ativos, inativos e pensionistas, somando 271,2 milhões de reais. Atualmente, o valor líquido da folha de pagamento do Executivo é de 1,6 bilhões de reais.
Ainda de acordo com o governo, os salários serão depositados ao longo do dia mesmo após o fim do expediente bancário, e apenas depois do resultado da arrecadação, a Secretaria Estadual de Fazenda anunciará quando fará novo depósito para os servidores com atraso nos salários de agosto.
No último dia 28 de setembro, a Alerj aprovou um projeto de lei que muda regras do refinanciamento do estado com a União, sob a justificativa de que o projeto era o último entrave para a publicação do edital da privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (CEDAE), com a qual o Governo espera receber 3,5 bilhões de reais nos próximos dias.
A lei formalizaria a adesão ao PRF, que prevê a suspensão da dívida com a União em 3 anos e diminui os valores cobrados mensalmente, estendendo o pagamento até 2049, determinando também o cumprimento do refinanciamento de acordo com leis complementares já publicadas, mas que o estado não vinha cumprindo.
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