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Parceria entre Petrobras e empresa chinesa pode significar avanço para campanha de atração de investimentos na Bacia de Campos

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Campanha “Bacia de Campos: é Preciso Investir” foi lançada pela Prefeitura de Macaé antes da Brasil Offshore deste ano

 

Foto: Divulgação

 

 

 

Tunan Teixeira

 

Nesta semana, a Petrobras anunciou a assinatura de um termo de compromisso com a petroleira chinesa CNPC, numa parceria para investimentos e conclusão das obras de implantação do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí.

A notícia pode significar uma mudança na relação que a estatal brasileira vem tendo com o mercado, e pode significar um avanço para novas parcerias visando outros locais em que a Petrobras reduziu investimentos, como, por exemplo, os campos maduros da Bacia de Campos.

Segundo o professor do Instituto Federal Fluminense (IFF) de Campos, Roberto Moraes, que escreve sobre a indústria do petróleo no Brasil e no mundo, o acordo com a CNPC prevê que a empresa chinesa assumira uma participação no negócio proporcional ao investimento, o que, de acordo com ele, vai numa linha contrária ao que vinha sendo feito pela atual direção da Petrobras.

“A lógica tem mais a ver com a direção anterior que ampliou e integrou as atividades da estatal, do que o atual desmonte, com o fatiamento das diversas áreas tocadas por subsidiárias da Petrobras”, analisou Roberto Moraes, em seu blog.

Ainda na área de refino, no caso co Comperj, o que continua a fazer sentido é vender petróleo cru e deixar o país importar derivados, como aconteceu em junho na proporção de quase meio milhão de barris por dia.

Apesar de tratar de questões relacionadas ao refino do petróleo, a notícia é, no mínimo animadora para a região, pois, embora os investimentos chineses não tenham muito impacto na economia das cidades produtoras de petróleo do estado, remete às recentes declarações do Presidente da Schlumberger do Brasil, Alejandro Duran, que durante a Feira Brasil Offshore deste ano, declarou que as prestadoras de serviço da cadeia do petróleo estariam prontas para assumir os investimentos nos campos maduros da Bacia de Campos, gerando cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos de forma imediata.

A medida foi apontada pelo Prefeito de Macaé, Dr. Aluizio (PMDB), como uma saída para a crise econômica da cidade, da região, do estado e até do país, pois reaqueceria a economia com a abertura de tantos postos de emprego.

Questionada sobre as declarações de Alejandro Duran, a Petrobras, porém, ainda não se manifestou a respeito, mas a notícia da parceria no Comperj pode significar que mudanças podem vir para as cidades da Região dos Lagos e do Norte Fluminense.

Buscando esses investimentos para tentar reativar os postos de emprego perdidos desde que a crise internacional do petróleo fez despencar o preço do barril e, com isso, a arrecadação dos royalties das cidades e do estado, a Prefeitura de Macaé lançou a campanha “Bacia de Campos: é Preciso Investir”, justamente para tentar chamar atenção da Petrobras, pois, segundo Duran, a permissão contratual da estatal seria o único entrave para esses investimentos imediatos na Bacia de Campos.

“É possível mudarmos esse cenário se tivermos investimentos e tecnologias. Todos os gestores municipais do Estado do Rio de Janeiro estão unidos e vamos cumprir uma agenda em Brasília para incentivarmos esse projeto. Seja diretamente no petróleo, na hotelaria ou no comércio, a única forma do estado e o país saírem da crise é através de novos empregos”, pontuou Dr. Aluizio, durante entrevista coletiva sobre o tema, no final de junho deste ano, apenas uma semana depois da Brasil Offshore.


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