Os problemas políticos de Rio das Ostras viraram caso de polícia nesta semana, depois que um relatório da Polícia Federal (PF) apontou ilegalidades em obras da Odebrecht Ambiental realizada na cidade.
O relatório da PF está relacionado à 35ª fase da Operação Lava Jato, que investiga o maior caso de corrupção e de lavagem de dinheiro da história do Brasil, e que aconteceu na última segunda-feira, 26, e resultou na prisão temporária do ex-ministro Antônio Palocci.
No relatório foram citados pagamentos de vantagem indevida a uma pessoa denominada como “Atravessador”, e que estariam relacionados a obras da Odebrecht Ambiental em Rio das Ostras, havendo menção a autorização do codinome pelo próprio Marcelo Bahia Odebrecht, dono da empresa.
De acordo com o G1, no relatório também foram citados pagamentos de vantagem indevida a uma pessoa com o codinome “Cassino”, cuja autorização foi expressamente dada por Marcelo Bahia Odebrecht, e que estariam vinculados a obras no município.
Ainda conforme a reportagem do G1, os investigadores não divulgaram a quem se referem os codinomes, nem sobre quais seriam essas obras e quando elas foram feitas, nem de quais seriam os valores das propinas.
Esgoto – a Odebrecht Ambiental possui a concessão, através de uma Parceria Público-Privada (PPP) com a prefeitura, para a realização de obras de saneamento e infraestrutura voltadas para o tratamento de esgoto na cidade.
Procurado pela redação do Diário da Costa do Sol, o escritório regional da empresa, que também é responsável por PPP semelhante em Macaé, não havia respondido às denúncias até o fim da tarde desta terça-feira, 27.
Tunan Teixeira