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Glaidson Acácio tem candidatura indeferida pelo TRE-RJ

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O ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, o “faraó dos bitcoins”, teve a candidatura a deputado federal indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ). A decisão aconteceu por unanimidade nesta segunda-feira (12) e cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram 7 votos a 0. A justificativa dos desembargadores foi que Glaidson consta como sócio em empresas denunciadas por crimes contra o sistema financeiro nacional.

Ele queria tentar uma vaga pelo partido Democracia Cristã (DC). Glaidson, inclusive, faz dobradinha com o candidato a deputado estadual Vicente Gadelha (DC) nas propagandas.

O ex-garçom está preso há mais de um ano por esquema de pirâmide financeira e tem outros processos nas costas, inclusive num deles como mandante de um homicídio de um trader que era seu “concorrente” em São Pedro da Aldeia. Seu comparsa, Gadelha, foi preso mês passado, na República Dominicana.

O desembargador Luiz Paulo Araujo, relator do processo, disse que a análise dos pedidos de candidatura pela Justiça Eleitoral deve considerar a “vida pregressa do candidatos”.

“O legislador ordinário não apenas prestigiou a vontade popular soberana, ele também deu concretude aos cânones constitucionais da moralidade e da ética”, defendeu.

O entendimento do TRE-RJ confirma o posicionamento da Procuradoria Regional Eleitoral, que pediu a cassação do registro.

A defesa argumentou que a atividade comercial do candidato não está tipificada na lei eleitoral, por isso, não poderia ser considerada prática criminosa. O TRE-RJ, no entanto, entendeu que as condutas de Glaidson “comprometem a moral e a ética jurídica”.

Glaidson foi preso em 25 de agosto de 2021, em decorrência da operação Kryptos, deflagrada pela Polícia Federal (PF). O empresário é acusado de chefiar um esquema de pirâmide que movimentou bilhões de reais por meio de uma consultoria de bitcoins que atuava no município de Cabo Frio, no Rio de Janeiro.

Na candidatura, conforme o portal Divulgacand, ele declarou à Justiça Eleitoral um total de R$ 60 milhões e 400 mil em bens, sendo R$ 450 mil em um apartamento e R$ 60 milhões em “quotas ou quinhões de capital”.

Ele ainda declarou ser casado, empresário e possuir ensino superior completo.

“Faraó dos Bitcoins”

O apelido de Glaidson Acácio deriva do império relacionado a empresa G.A.S consultoria, cujos movimentações financeiras estariam na casa dos bilhões de reais. Segundo as investigações, a promessa da organização era de um retorno de até 15% do valor investido pelos clientes.

A proposta da empresa seria semelhante ao que faz um fundo de investimento, no qual o adquirente investe uma quantia e recebe rendimentos. No entanto, de acordo com a Receita Federal, quando se trata de um mercado volátil, como o dos criptoativos, não é possível assegurar uma rentabilidade fixa.


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