Mesmo com o lançamento do Novo Mercado de Gás pelo governo federal, o Estado do Rio de Janeiro pode sofrer com novo aumento do custo da molécula do gás por contrato de fornecimento da Petrobras para a distribuidora.
Comentando sobre a variação, a Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan), criticou o reajuste de 3,55% no custo do gás natural, homologado pela Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio (Agenersa) e válido desde 1 de agosto para todos os consumidores industriais.
Também por causa do aumento, a Firjan encaminhou ofício para ao Governo do Estado e para a Agenersa solicitando a suspensão do aumento do preço do gás e transparência com a abertura do contrato que rege o preço da molécula do gás natural.
Segundo a Federação, sem o conhecimento da fórmula que rege os ajustes de preço, especificamente da molécula de gás, não é possível afirmar os reais motivos do aumento e se há práticas abusivas anticoncorrenciais que mereçam revisão de acordo com as condições do mercado.
Conforme nota técnica da Firjan, nos últimos 12 meses, enquanto as variações acumuladas, do diesel, gasolina e óleo combustível A1, chegaram a apresentar variação negativa de até 2 dígitos percentuais, o gás natural manteve, no mesmo período, aumento acumulado em torno de 25%.
Recentemente a Petrobras anunciou uma redução de quase 10% no preço do Gás Liquefeito do Petróleo (GLP), mas a Firjan, lembra a intenção da equipe econômica do governo federal que vem pregando a abertura do mercado do gás e a redução do preço em até 50%.
A Federação destacou ainda que o industrial fluminense já é altamente impactado com os reajustes ocorridos no preço do gás natural, relembrando que apenas entre janeiro de 2016 e dezembro de 2018, o custo do produto aumentou inacreditáveis 98% no Estado do Rio.