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Evento de lançamento da Brasil Offshore, em Macaé, reforça atenções aos campos maduros e ao mercado de gás natural

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Em salão de hotel em Macaé, empresários e autoridades discutiram desafios para o mercado de óleo e gás durante lançamento da Brasil Offshore 2019

Foi realizado na manhã desta terça-feira, 19, no Hotel Gran Nobile, em Macaé, o avento de lançamento da 10ª edição da feira Brasil Offshore 2019, a maior feira para a indústria do petróleo no país e uma das maiores do mundo, com a presença de empresários e autoridades dos governos federal, estadual e municipal.

Com apresentação da jornalista Christiane Pelajo, atual âncora do Jornal GloboNews, o evento chamado Avant Premiere, contou com a presença do anfitrião, o Prefeito de Macaé, Dr. Aluízio (sem partido), que fez um paralelo entre 2 momentos históricos da cidade nas últimas décadas.

“Na década de 70, quando a [The] Leopoldina [Railway Company] veio para Macaé, todo mundo era um pouco ferroviário. Aí, em 1978 vem a Petrobras e todo mundo virou um pouco petroleiro. Mas ninguém conhecia o petróleo. O Brasil não conhecia o petróleo”, recordou o prefeito.

Fazendo uma rápida retrospectiva desse período da chegada da Petrobras a Macaé até 2015, quando a crise internacional do petróleo atingiu seu ponto mais crítico, com queda do preço do barril, desinvestimentos, queda no número de sondas em funcionamentos, de 100 para 12, e os mais de 40 mil desempregados na indústria do petróleo, Dr. Aluízio contou como nasceu a ideia de buscar investimentos nos campos maduros, um dos grandes temas do evento, assim como a ‘redescoberta’ do gás.

“A gente estava tentando de tudo, até que um diretor de uma empresa ali dos Cavaleiros falou para mim, ‘você é esforçado, mas a verdade é que você não pode fazer nada; as decisões são superiores’. No meio desse caos todo, em 2015, recebi o Alejandro [Duran, atual diretor da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo, ABESPetro] no gabinete. Eu já o conhecia de vista, mas nunca tinha parado para conversar com ele. E ele entra na minha sala e pergunta, ‘qual que é sua influência lá [em Brasília]?’. Eu disse, nenhuma. E pedi para contar a história que quisesse que eu levaria para lá [Brasília], mas pedi para ele me mostrar dados, números, porque eu não podia chegar lá contando mentiras. E ele me falou dos campos maduros, do potencial que esse mercado tinha, do sucesso em outros países. Eu peguei o carro e fui até o César Maia, depois fui até o Rodrigo Maia, Ministério de Minas e Energia,  e o resultado é esse que vocês já conhecem”, revelou o prefeito sobre a campanha que chegou até o ex-presidente da Petrobras, Pedro Parente, que chegou a visitar Macaé em 2017.

Além de Dr. Aluízio, falaram durante os 2 painéis do evento o presidente da Shell Brasil, André Araújo; o presidente da BP Energy no Brasil, Adriano Bastos; o próprio Alejandro Duran; o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Marcio Felix; a gerente de petróleo, gás e naval da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Karine Fragoso; entre outras autoridades, como a subsecretária de petróleo e gás da Secretaria Estadual de Minas e Energia, Cristina Pinho, representando o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC).

A retomada da indústria do petróleo foi uma dos temas mais abordados por todos os participantes, bem como os campos maduros e um olhar mais atento de todos os atores, públicos e privados, para o mercado de gás natural, apontado como um dos mais importantes para ampliar competitividade do setor de óleo e gás no país.

Presidentes da Shell Brasil e da BP Energy do Brasil, duas das novas operadoras da Bacia de Campos após o sucesso dos leilões de concessão realizados em 2017 e 2018, após a mudança que desobrigou a Petrobras como operadora única, também abordaram o tema do gás natural, revelando que as duas empresas possuem projetos com previsão de altos investimentos para o uso do gás natural na geração de energia elétrica na região.

Em suas considerações finais, o prefeito voltou a falar da importância desse momento de retomada da indústria do petróleo, que tem Macaé como principal protagonista no Estado do Rio, para a geração de emprego para a população, que é a ponta que mais sofre com a recente crise do setor, e que ainda não foi superada.

“Vários fatores são extremamente positivos nesse momento. Há alguns anos se perguntava se a crise passaria, hoje sabemos que o pior já passou. A retomada da indústria do petróleo em Macaé e no Estado do Rio é uma fato. O que a gente precisa agora é definir, é se voltar para o lado do desempregado, para os trabalhadores que sustentavam suas famílias como caldeireiro, como soldador, empregos que o macaense já está acostumado, mas que agora não conseguem mais sustentar suas famílias. É para eles que precisamos nos voltar agora. É para o emprego. Porque não existe indústria do petróleo forte se a padaria não tem pão quentinho para vender, se a pizzaria não tem pizza para vender, se o [restaurante] Durval não tem chope e picanha para vender. Só quando a população voltar a ter emprego e renda é que vamos retomar o crescimento”, concluiu Dr. Aluízio.

Realizada a cada 2 anos em Macaé, a Brasil Offshore, que reúne as principais Operadoras, Epcistas, Integradores, Construtoras e Fornecedores de Equipamentos, Subsea, Automação, Manutenção, Transporte e Logística no Brasil e no mundo, chega à sua edição comemorativa de 20 anos entre os dias 25 e 28 junho deste ano.


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