Disputa por vaga no Palácio do Planalto, nome oficial do local de trabalho do presidente da república, já tem 15 nomes oficializados, e mais nomes podem surgir até agosto, quando se encerra o prazo para se candidatar
Faltando 6 meses para as eleições presidenciais, realizadas no próximo mês de outubro, pelo menos 15 nomes já oficializaram suas pré-candidaturas. E mais nomes devem surgir nos próximos meses, já que dois dos maiores partidos do país, PT e PMDB, seguem sem anunciar seus candidatos.
Mais uma pré-candidatura pode ser oficializada nas próximas semanas, a do PSB, onde o nome do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, é apontado como favorito dentro do partido.
PT e PMDB ainda não definiram seus quadros, mas prometeram apresentar um candidato nos próximos meses aos eleitores, pois a decisão final deve ser tomada até o início de agosto, quando termina o prazo para cada partido definir as candidaturas nas convenções.
Dentre os concorrentes ao pleito, há ex-presidentes, senadores, deputados, ex-ministros e até um ex-ministro do STF. Até a manhã desta segunda-feira, 9, já haviam sido oficializados os nomes dos senadores, Álvaro Dias (PODE-SP) e Fernando Collor (PTC-AL); do ex-ministro, Ciro Gomes (PDT); do atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); do líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos (PSOL); do deputado federal, Jair Bolsonaro (PSL-RJ); do empresário, João Amoêdo (NOVO); da deputada estadual, Manuela D’Ávila (PCdoB-RS); e do presidente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ); além de José Maria Eymael (PSDC); Levy Fidelix (PRTB); Marina Silva (REDE); Paulo Rabello de Castro (PSC); João Vicente Goulart (PPL); e Vera Lúcia (PSTU).
No PMDB, a expectativa é pela apresentação de um nome depois de 24 anos sem candidatos à presidência. Os nomes mais cotados seriam o do próprio presidente Michel Temer, que tem a pior popularidade de um presidente da história, e do ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que na semana passada, se filou ao partido, e foi exonerado da pasta na última sexta-feira, 6.
Já o PT, vencedor das últimas 4 eleições, pode ficar sem seu pré-candidato, depois da prisão do ex-presidente Lula, no último sábado, 7, mesmo antes de se esgotarem os recursos da defesa junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
A esperança do PT e de Lula se baseia em tese de aliados, que defendem que o ex-presidente recorra ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em busca de uma autorização para se candidatar, já que a Lei da Ficha Limpa prevê a impugnação das candidaturas de políticos condenados em segundo grau da Justiça.
Outros nomes cotados dentro do partido são do ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, e o do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, além da possibilidade de o partido optar por apoiar a candidatura de outro partido da esquerda, como Boulos ou Manuela, ou até mesmo Ciro Gomes, que já teve seu nome especulado como possível vice de Lula.