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Câmara de Macaé repudia falas racistas contra o ator Diego Drosa, que faz Jesus na Paixão de Cristo

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Em sessão ordinária da Câmara Municipal de Macaé nessa terça-feira, 4, realizada na antiga sede do Legislativo, no Centro, os vereadores repudiaram falas racistas nas redes sociais contra o ator Diego Drosa, que interpretará Jesus Cristo na encenação da Paixão de Cristo da cidade nesse ano.

Presidente da Casa, o vereador Cesinha (SOLIDARIEDADE) criticou as falas criminosas, além de parabenizar todo o elenco do espetáculo que terá sessões nesse fim de semana de feriado da Semana Santa.

“É lamentável que ainda nos deparemos com situações assim. Aproveito para parabenizar todos os atores do espetáculo”, disse Cesinha.

Única vereadora mulher da atual legislatura, Iza Vicente (REDE) também reforçou a as críticas às falas racistas contra o ator, lembrando questões históricas e étnicas para desmistificar a ideia do personagem com visual europeu.

“Atacaram Diego, desmerecendo, por ele ser negro, o que é absurdo também porque, sabe-se, pela região que Cristo nasceu, que ele está muito mais perto de ter tido uma pele escura do que sido branco de olhos azuis”, comentou a vereadora.

Outro que defendeu a escalação do ator foi o vereador Reginaldo do Hospital (PODE), que elogiou a qualidade do trabalho do artista, que já tinha feito o personagem principal do espetáculo na edição de 2022, na Praia da Imbetiba.

“Assisti a peça no ano passado e vi seu grande talento”, afirmou Reginaldo do Hospital.

Além das críticas aos comentários criminosos, já que vale lembrar que racismo é crime, o presidente da Câmara confirmou que todos os 17 vereadores do atual mandato assinarão uma moção de aplausos ao elenco.

A sessão da Câmara dessa terça-feira também foi marcada por outro protesto, de um grupo de servidores públicos municipais que criticaram a política salarial do governo Welberth Rezende (CIDADANIA), e a proposta de aumento da carga horária para os auxiliares de serviços escolares (ASEs).

Ex-secretário de Educação, o vereador Guto Garcia (PDT) lembrou que o acréscimo proposto pelo governo não é obrigatório, mas os servidores pediram apoio aos vereadores para abrir diálogo com o Executivo a respeito do tema, obtendo resposta positiva de Cesinha.


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