Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) deu posse, nessa quarta-feira, 1 de fevereiro, aos 70 deputados estaduais eleitos no pleito de 2022, dando início à 13ª legislatura de sua história, que termina no próximo dia 31 de dezembro de 2026.
A sessão de posse foi presidida pelo ex-ministro do Meio Ambiente entre 2008 e 2010 e ex-secretário estadual de Meio Ambiente do Rio entre 2006 e 2008, o deputado estadual Carlos Minc (PSB), que começou seu 10º mandato.
O evento aconteceu no plenário Barbosa Lima Sobrinho, no Palácio Tiradentes, antiga sede do parlamento fluminense, que se mudou para o Edifício Lúcio Costa, na Rua da Ajuda, no centro da cidade, em abril de 2021.
Com a posse dos eleitos nas eleições gerais de 2 de outubro do ano passado, a Alerj passa a ter uma renovação de 45,7% de suas cadeiras, contando com 32 novos parlamentares e 38 parlamentares reeleitos.
Nessa nova legislatura, a Alerj destaca o crescimento da bancada feminina, que passou de 12 deputadas eleitas em 2018 para 15 deputadas eleitas em 2022, representando um aumento de 25%, além de totalizar 21,4% do total de parlamentares.
Em relação às eleições gerais de 2018, o maior ganho da Alerj foi em termos de inclusão de diversidade, principalmente com a eleição de Dani Balbi (PCdoB), 1ª transsexual a ter mandato na Alerj; de Índia Armelau (PL), autodeclarada indígena; e de Elika Takimoto (PT), autodeclarada asiática.
Ao todo, são 24 deputados que não se consideram brancos, ou seja, 34,2% dos 70 parlamentares eleitos que tomaram posse nessa quarta-feira, dos quais 8 se declaram pretos e 16 pardos, além de Índia Armelau e Elika Takimoto.
Presente ao evento, o presidente da Alerj entre 2019 e 2022, deputado estadual André Ceciliano (PT), que não concorreu à reeleição para tentar uma cadeira no Congresso, destacou o trabalho realizado na última legislatura e saudou os deputados empossados.
“Fizemos uma transição na Alerj após um turbilhão de acontecimentos. Votamos pautas difíceis, exigidas pelo momento de penúria que o Estado viveu até aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Enfrentamos o impeachment de um governador (Wilson Witzel, PMB), o 1º da história do país. Encaramos uma pandemia mundial. Mas não paramos 1 dia sequer, e aprovamos medidas essenciais ao suporte da população do Estado, vulnerável diante do cenário da crise sanitária. A política deve ser um instrumento de pacificação e de construção de um Estado e de um país mais justo e igualitário”, avaliou André Ceciliano.
Em seu discurso, o presidente da sessão solene de posse deu boas-vindas aos deputados eleitos e reeleitos, agradeceu a oportunidade de estar assumindo seu 10º mandato e lembrou da importância de festejar a democracia.
“Nós temos que celebrar a beleza da democracia. A gente briga, a gente se desentende, mas é uma festa ver todos vocês aqui. É a reafirmação do poder democrático. Quem está aqui foi eleito pelo voto do povo e os novos deputados verão que aqui a gente trabalha em grupo. O parlamento tem que mostrar ao povo que a gente está à altura da confiança que nos depositaram. Nós temos a obrigação, independentemente das nossas posições políticas e ideológicas, de defender a democracia como um bem maior”, afirmou Carlos Minc.
Também presente à solenidade, o governador Cláudio Castro (PL) disse que contará com o apoio de cada deputado empossado para trabalhar de forma conjunta pelo Estado do Rio, além de homenagear os ex-deputados, Gil Vianna (PLS) e João Peixoto (DC), que faleceram por coronavírus durante a última Legislatura.
“Reforço minha disposição e empenho em dialogar com todos os partidos, de qualquer espectro político-partidário. O momento atual pede que nós encontremos uns nos outros o que temos em comum, o que nos une: o nosso compromisso público e dever ético perante ao povo do Rio”, comentou Cláudio Castro.
Além de Carlos Minc, André Ceciliano e Cláudio Castro, a mesa da sessão solene teve a participação da deputada estadual Martha Rocha (PDT); do vice-governador Thiago Pampolha (UNIÃO); do presidente da Câmara do Rio, Carlo Caiado (PSD); do presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ), Rodrigo Mello; da da defensora pública-geral do Estado, Patrícia Cardoso; e do subprocurador de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ), Eduardo da Silva Lima Neto.
Em sua nova composição, a maior bancada na Alerj passa a ser do PL, com 17 deputados, seguida do UNIÃO com 8, do PT com 7, do PSD com 6, e do PSOL com 5, do PP com 4, e do REPUBLICAOS e do SOLIDARIEDADE com 3 cada um, além PSB, PROS, MDB, PDT e PODE com 2, e AVANTE, PMN, PATRIOTA, PSC, PTB, PCdoB com 1.
