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Operação Parque Livre: Ex-prefeito de Arraial é considerado foragido da Justiça

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O ex-prefeito de Arraial do Cabo, Renatinho Vianna, é considerado foragido da Justiça após o início da Operação Parque Livre, deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) na manhã desta sexta-feira (27).

Ele foi denunciado, junto com outras 16 pessoas, por organização criminosa armada que promovia loteamentos ilegais em áreas não edificáveis, obtendo vantagem indevida com o parcelamento, venda e exploração do solo de áreas ambientalmente protegidas no Parque Estadual Costa do Sol (PECS), no núcleo da APA Massambaba, loteamento Miguel Couto, no distrito de Monte Alto, desde 2017.

Além do ex-prefeito, o policial militar da reserva Márcio Veiga (‘Márcio Galo’), nomeado secretário de Ordem Pública; o irmão dele Josimar Veiga de Oliveira (‘Zima’), ex-subsecretário de Meio Ambiente; e Márcio Croce, ex-secretário de Meio Ambiente, também estão foragidos desde essa manhã. Eles não foram localizados nos endereços informados em Arraial do Cabo. Renatinho, segundo uma funcionária, está viajando desde a noite desta quinta-feira (26).

Até o momento, cinco pessoas já foram presas durante a ação: o primeiro foi Ranieri Porto, que começou a participar da organização criminosa quando atuava como guarda do parque ambiental Costa do Sol; o policial militar Sandro de Souza Mota, responsável por coagir as pessoas; Marcos Vinícius da Silveira Barbosa, que tem residência na Costa do Sol e já trabalhou na prefeitura; o bombeiro militar Michel Carrir; e Marcos Honório.

Em uma coletiva de imprensa realizada pelo MPRJ e a 132ª Delegacia de Polícia ainda nessa manhã, era realizadas fiscalizações na área de proteção pela Prefeitura e pelo Instituto do Estadual do Ambiente (INEA), mas as ações eram ‘fakes’. Os órgãos demonstravam publicamente preocupação com o local, quando, por trás das operações, estavam envolvidos no esquema, que favorecia diretamente o nome dos envolvidos.

Segundo o MPRJ, a organização se expandiu até a administração e controle do Parque Estadual, para garantir que houvesse o impedimento direto e efetivo das ações fiscalizatórias dos guarda-parques, permitindo o avanço das invasões e das construções ilegais em Monte Alto, no município da Região dos Lagos.

Para tanto, foram fundamentais a atuação da denunciada Márcia Simões Mattos, na função de superintendente Regional do INEA; além do então chefe do Parque, André Cavalcanti, também denunciado, e apontado como peça-chave para ao esquema, uma vez que tinha poder de decisão direto sobre a atuação dos fiscais do Parque.

A prática da organização visava indivíduos humildes em situação de vulnerabilidade e que necessitavam de moradia, oferecendo terrenos ‘baratos’ para a construção de uma casa com fornecimento do chamado ‘kit invasão’, composto por pequena porção de terra, tijolos, telhas e demais materiais de construção.

A ação foi deflagrada pelo MPRJ por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) e da Promotoria de Justiça de Arraial do Cabo, e com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), da 132ª Delegacia de Polícia, da 6ª CIA do 25º BPM/PMERJ e da Corregedoria da Polícia Militar.


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