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Novo estudo da Firjan reforça iniciativa da Prefeitura de Macaé em abrigar fábrica de fertilizantes

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A Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan) divulgou o seu estudo “Petroquímica: atração de investimentos para o Rio de Janeiro”, que apontam o potencial do Estado para se tornar um polo petroquímico e de fertilizantes no cenário nacional.

A Firjan aponta que o aprendizado das crises mundiais recentes, como a pandemia do coronavírus e a guerra da Rússia com a Ucrânia, fez com que as produções nacionais ganhassem maior vantagem estratégica frente às importações de matérias-primas.

A Federação, porém, ressalta que, apesar desse potencial, o agronegócio brasileiro, considerado um celeiro mundial de alimentos, ainda importa mais de 85% de fertilizantes usados na atividade.

“Como maior produtor de gás natural no país, o Rio de Janeiro pode reverter a situação de dependência do Brasil na área de petroquímica, transformando o Estado fluminense em um ‘hub’ petroquímico e de fertilizantes”, ressalta a Firjan.

Lançado nessa semana, na sede da Firjan, no Rio, o estudo evidencia o potencial de desenvolvimento da indústria petroquímica e de fertilizantes do Estado, a partir do uso do gás natural como insumo, destacando o potencial de atração de investimentos para o hidrogênio, com diversos projetos em desenvolvimento e com potencial integração com o gás natural.

Entre esses projetos está a implantação de um fábrica de fertilizantes nitrogenados em Macaé, com investimentos estimados na casa de 3 bilhões de dólares, e que vem sendo debatido com autoridades municipais, estaduais e federais.

“Para que as indústrias sejam atraídas e se instalem no Rio de Janeiro, além da disponibilidade de matéria-prima, que temos, também é fundamental a implementação de projetos de infraestrutura e logística”, comentou o vice-presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.

Segundo ele, o potencial de investimentos do setor petroquímico no Estado, a partir do gás natural, como caminha para acontecer em Macaé, pode chegar a 65 bilhões de reais, como mapeado pela Firjan em 2022.

“Vivemos hoje o processo de industrialização da cidade. E nosso foco é aproveitar o potencial do município em todos os segmentos econômicos, e com responsabilidade, garantir que a nossa população participe dessa nova etapa de desenvolvimento e de prosperidade da cidade, através o acesso a oportunidades de emprego e de viver em um município com infraestrutura e serviços de qualidade”, avaliou o prefeito de Macaé, Welberth Rezende (CIDADANIA).

A declaração foi dada no início desse mês de abril, após uma reunião com representantes da Secretaria Especial de Assuntos Federativos, da Presidência da República, sobre um estudo desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) sobre a viabilidade da instalação da fábrica.

A Firjan ressalta que o Estado do Rio, protagonista da produção de gás nacional, proveniente do pré-sal, responde por 100% da produção de etano no país, insumo base da indústria petroquímica nacional.

“Para aumentar ainda mais a produção do etano, a Firjan propõe que parte do gás reinjetado nos poços seja disponibilizado para a indústria, o que poderia produzir 932 mil toneladas de polietileno, com base nos dados de 2022. Essa produção potencial é equivalente a 1,14 vezes o total importado desse produto pelo país em 2022, com base em um cenário de aproveitamento total retirada a parcela para o gás de rede consumido via distribuição. Ainda mais. Em torno de 18 bilhões de metros cúbicos (m³) de gás natural foram reinjetados nos campos produtores no Estado no ano passado. Se esse volume de gás fosse aproveitado, poderia demandar, por exemplo, pelo menos, duas UPGNs (Unidades de Processamento de Gás Natural) de capacidade equivalente à unidade de Cabiúnas, localizada em Macaé. A partir delas seria possível obter mais de 10 milhões toneladas/ano (t/ano) de correntes de saída após o processamento do gás, distribuídas em: 5,9 milhões t/ano de metano; 1,3 milhão t/ano de etano; 1,8 milhão t/ano de propano; 796 mil t/ano de butano; e 362 mil t/ano de C5+”, avaliou a Federação.

Gerente de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, Karine Fragoso reforça que o Estado do Rio tem potencial para crescer e se estabelecer nacionalmente nesse setor, com a fabricação de fertilizantes nitrogenadas, como deve acontecer em breve em Macaé.

“É importante lembrar que o Rio de Janeiro tem potencial para 4 ‘hubs’ integrados de gás natural, além da previsão de 5 plantas para geração de hidrogênio verde, que poderão ser aplicadas no processo de fabricação de fertilizantes nitrogenados, como amônia e a ureia”, citou Karine Fragoso.

O estudo “Petroquímica: atração de investimentos para o Rio de Janeiro” tem o apoio da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), da Associação Brasileira de Engenharia Industrial (ABEMI), da Braskem, da Secretaria Estadual de Energia e Economia do Mar, além do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e do Serviço Social da Indústria (SESI), ligados à própria Firjan.


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