Quem se lembra de Pelados em Santos? Robocop Gay? Sabão Crá Crá? Esses foram os sucessos da Banda Mamonas Assassinas que estouraram nos anos 90 e que teve uma rápida carreira e um trágico fim.
Pensando em homenagear essa banda que embalou “festinhas”, churrascos na “laje” e agradava à todos, inclusive a criançada, é que o Restaurante Traineira em Rio das Ostras, apresenta a banda (sósia) Marloko numa noite de pura irreverência.
O show está marcado para o dia 06 de outubro, às 20h30 nas dependências do restaurante que fica na Avenida Amazonas, 224, no Bairro Balneário Remanso em Rio das Ostras. Com a realização do Amigos da Bossa, no Show da Alegria, o “Revivendo Mamonas Assassinas” irá sem dúvida, matar a saudade desses cinco artistas que mudaram o estilo “comportado” da música pop.
Quem viveu aquela época ou quer conhecer esse estilo de música, podem adquirir os ingressos que já estão à venda. Antecipados custam R$ 30 reais e podem ser encontrados nos postos de vendas: Loja Cravo, Padaria do Juarez, Loja ArtManha, Pousada Sonho Verde e no próprio Restaurante Traineira.
Acidente
O tempo estava fechado na Grande São Paulo na noite de 2 de março de 1996, um sábado. Uma espessa neblina cobria parte da Serra da Cantareira quando, por volta das 23h15, um jato executivo Learjet avançou por sobre as árvores, atravessou a cortina de névoa fria e colidiu na mata. Os nove ocupantes morreram: os dois tripulantes, um segurança, um assistente de palco e os cinco jovens músicos dos Mamonas Assassinas.
Alecsander Alves (Dinho), de 24 anos, vocalista e líder da banda; Alberto Hinoto (Bento), de 26, guitarrista; Júlio Cesar Barbosa (Júlio Rasec), de 28, tecladista; e os irmãos Samuel e Sérgio Reis de Oliveira (Samuel e Sérgio Reoli), de 22 e 26, respectivamente baixista e baterista, voltavam de um show em Brasília, o último de uma exaustiva turnê pelo país.
No mesmo avião estavam o piloto, Jorge Martins, o copiloto, Alberto Takeda, e dois funcionários da banda: o segurança Sérgio Saturnino Porto e o roadie (e primo de Dinho) Isaac Souto.
Naquele dia e na semana seguinte, milhões de fãs choraram o fim da banda, que havia estourado em 1995 e vendeu, em nove meses apenas, mais de 1,2 milhão de discos, segundo o produtor musical dos Mamonas, Rick Bonadio. “Ganharam disco de diamante na época. Hoje já passam de 5 milhões de cópias.”
Até chegar ao público (a maioria infantil), com suas letras cheias de duplo sentido e arranjos que variam do rock pesado ao forró, o caminho dos cinco jovens foi cheio de desafios, muitos deles infrutíferos, mas com humor e perseverança.
Esio Bellido
Foto: Divulgação