Até o final do mês, o Dia da Consciência Negra, que é comemorado nesta segunda-feira (20), será lembrado com diversas programações.
Os alunos da rede municipal de ensino de Macaé estão participando, ao longo do mês, de programações alusivas ao Dia da Consciência Negra, que será celebrado nesta segunda-feira (20).
Cerca de 600 alunos do Colégio Municipal Engenho da Praia participaram, nesta semana, do projeto “África-Mãe Terra”, cuja programação foi marcada por declamação de poesia, música, dança, jogral e dramatização, com destaque para os personagens Martin Luther King, Castro Alves e Chiquinha Gonzaga.
Na oportunidade, alunos e professores puderam apreciar trabalhos de argila e máscaras confeccionadas em sala de aula, além de produtos da culinária africana.
Com parceria do programa de Cultura Afro-Brasileira e Indígena, as escolas da rede municipal, junto aos educadores, estão aplicando novas metodologias e informações para trabalhar com as relações raciais, inserindo também o indígena.
Em Macaé, a Lei complementar 10.639/93 institui a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas do município e inclui os estudos de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena nas escolas.
Oficinas
Desde pequenos, os estudantes conhecem os assuntos por meio de trabalhos individuais e coletivos junto aos alunos. É o caso da Escola Municipal de Educação Infantil Hilda Ramos que desenvolve junto aos alunos a oficina de bonecas Abayomi (boneca de pano negra, de formas e tamanhos variados que representa a resistência e energia do povo africano).
Já no Ensino Fundamental e Médio, os conteúdos são trabalhados nas disciplinas de História, Artes, Literatura, Língua Portuguesa e Matemática, além de projetos interdisciplinares. Entre as escolas municipais estão Almir Francisco Lapa (Aeroporto), e Professora Maria Isabel Damasceno Simão, que desenvolvem o projeto “Pérola Negra”, voltado para a leitura e escrita com a intenção de valorizar as personalidades negras da história. Na lista também está a unidade do Engenho da Praia, que realizou, recentemente, projetos com apresentações culturais, dinâmicas e palestras.
Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros
Outra proposta da Educação de Macaé é a implantação do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros, espaço que servirá para debates e pesquisas e será um dos únicos da região a tratar especialmente o tema. O espaço, que irá funcionar na sede do Colégio Municipal Professora Maria Isabel Damasceno Simão, tem como objetivo atender toda comunidade com títulos específicos com foco na africanidade, além de intensificar a formação direcionada ao reconhecimento das etnias e valorização da identidade.
Da redação
Crédito: João Barreto