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Presidente da Câmara de Macaé anuncia suspensão das sessões por 10 dias como medida de prevenção do coronavírus

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O presidente da Câmara Municipal de Macaé, Dr. Eduardo Cardoso (CIDADANIA), anunciou, em sessão ordinária realizada na manhã desta terça-feira, 17, que o Legislativo municipal terá uma paralisação de 10 dias devido ao avanço do coronavírus no país.

Nesta terça-feira, o Governo do Estado de São Paulo confirmou a 1ª morte causada pela doença, e, de acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde, o número de casos confirmados de pessoas infectadas pelo coronavírus já ultrapassa 300 em todo o país, o que representa um aumento de 100 casos em menos de 24 horas.

A sessão desta terça-feira foi marcada pelas palavras dos vereadores a respeito da doença, principalmente durante o Grande Expediente, em que os vereadores Dr. Márcio Bittencourt (MDB) e Dr. Marcio Barcellos (MDB), que são médicos, assim como Dr. Eduardo, elogiaram a medida da Casa e fizeram sugestões ao poder Executivo sobre medidas para ajudar na prevenção da doença.

De acordo com Dr. Eduardo, a suspensão das sessões será, inicialmente, por 10 dias. Assim como a prefeitura, a Câmara também liberou seus servidores idosos a partir dos 60 anos, gestantes, e portadores de doenças autoimunes e doenças oncológicas, que estão na chamada população de risco da doença, conforme avaliações dos órgãos de saúde internacionais.

“A gente ontem já baixou uma portaria liberando da Câmara os servidores cima de 60 anos, nos quais a gente se inclui, os 5, as grávidas, as que têm filhos pequenos. Vamos também liberar, teve um que chegou de viagem, pedimos que ele ficasse 7 dias sem vir. Os que tratam de pais idosos também, nós vamos liberar. Pedi também que o público não viesse às sessões, já que é transmitida. Isso já foi feito. Mas a coisa é muito mais; está me parecendo; como secretário de Saúde eu vivi lá a epidemia do H1N1 e que a gente até esperava até uma coisa muito maior do que foi. Não sei se porque a gente agiu muito rápido e muito eficiente, ou se realmente porque tinha que ver. Porque vírus a gente sabe como é que é. A gente prepara a vacina num dia, amanhã ele é outro. A capacidade mutagênica dele é muito grande. De repente, tudo que está se esperando, não acontece. De repente, tudo que não está se esperando, acontece”, comentou o presidente da Câmara de Macaé na abertura da sessão.

Dr. Eduardo lembrou que, além dele, os vereadores Paulo Antunes (MDB), Maxwell Vaz (SOLIDARIEDADE), Zé Prestes (CIDADANIA) e Dr. Marcio Barcellos, também estão na população de risco da doença, e que também deveriam estar incluídos nos servidores liberadores pela Casa.

De acordo com o presidente do Legislativo macaense, as sessões serão suspensas por 10 dias, e serão pagas ou com sessões extraordinárias, ou no recesso parlamentar, no meio do ano, mas o prazo ainda pode se estender, caso a situação do coronavírus no país ou no Estado do Rio se agrave.

“Quando eu era secretário de Saúde, que nós tivemos a epidemia do H1N1, eu vi o ministro, e era o ministro de Dilma [Rousseff, ex-presidente da república], era o ministro do PT, eu vi o ministro ir para a televisão e falar que ele tinha 800 leitos federais a disposição de quem pegasse aquela virose. Quando eu o vi falar aquilo, eu falei, é mentira! Esse cara está de loucura. Ele não tem nenhum. Nenhum! Você não conseguia internar ninguém. Traumatismo de crânio, leito federal, não internava. Nada se internava, como é ele tem 800 leitos disponíveis? E nós preparamos em Macaé uma estratégia de guerra, por causa do aviso dele que eu não acredite! Só por causa disso. Que deu um grande resultado. Passamos incólume. Acho que registramos um caso em Macaé. E eu sei que não vitimou ninguém em Macaé. E isso me fez acreditar que o que está para vir, está para vir mesmo”, comentou Dr. Eduardo Cardos.

Questionando os jovens que têm tratado o período das aulas como se fossem férias, e se dizendo espantado com a quantidade de pessoas nas praias do município e até mesmo do litoral do Estado do Rio no último fim de semana.

Sobre a suspensão das sessões, o vereador reconheceu que haverá críticas ao parlamento, mas reiterou a importância de seguir as orientações dos órgãos internacionais de saúde e evitar que o Legislativo se torne um possível local de transmissão da doença.

“Claro que vamos ter críticas. Ah, vereador não quer trabalhar; vereador ganha muito, não faz nada. Isso tudo a gente vai ouvir. Mas eu tenho que preservar quem eu posso contaminar. Isso vai ser uma proposta que eu vou discutir com os vereadores de interromper 10 dias as sessões a partir de amanhã. Em 10 dias, se a coisa tiver melhorado ou se agravado, a gente toma uma medida mais radical ou menos radical. Vamos diminuir o número de servidores na Casa. Como eu disse antes, já liberamos as grávidas, as pessoas com mais de 60 anos, os que cuidam de crianças e os que cuidam de idosos. Mas vamos fazer uma escala, uma rotatividade aqui, uma rotação, um plantão. Evitar também – e pedir aos vereadores que colaborem – de receber no seu gabinete. Ontem já liguei para a secretária de Saúde [Deusilane Galiza] e ofereci a ela o prédio, se ela precisasse, porque é um prédio que tem grandes espaços, de repente se precisa montar alguma coisa aqui e esse prédio tem grandes espaços; ofereci também nossa frota de carros, e ofereci o dinheiro do Fundo [do Legislativo], porque se esse Fundo é para uma emergência, pode ser que seja a hora de precisar usá-lo”, anunciou o presidente da Casa.

As medidas foram elogiadas por outros vereadores, entre eles os outros 2 médicos da Casa, que citaram a situação da rede de saúde italiana, que entrou em colapso devido aos quase 20 mil casos do coronavírus no país desde o dia 21 de fevereiro, quando o 1º caso no país foi confirmado.

Apesar de apenas pouco mais de 230 casos serem anunciados pelo Ministério da Saúde, as secretarias estaduais de Saúde dão conta de quem mais de 300 pessoas estão infectadas com o coronavírus em todo o Brasil, representando um aumento de mais de 100 casos em menos de 24 horas.


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