À esquerda, o deputado federal Felício Laterça (PSL-RJ) junto com o Ministro de Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, na instalação da Frente Parlamentar de Segurança Pública da Câmara Federal, em Brasília
Mais de 300 deputados federais instalaram nesta quarta-feira, 20, a Frente Parlamentar de Segurança Pública da Câmara Federal, em Brasília, com a presença do deputado Felício Laterça (PSL-RJ) e do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.
Eleito presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado na semana passada, o deputado Capitão Augusto (PR-SP) afirmou ao site da Câmara que a pauta mais importante da comissão é o pacote anticrime enviado ao Congresso pelo Ministro Moro.
O parlamentar acrescentou que a Frente Parlamentar também pretende debater a flexibilização do Estatuto do Desarmamento, prevista no decreto editado pelo governo federal, em janeiro desse ano.
Sobre o pacote anticrime, a assessoria de Laterça ressaltou que apesar da importância da pauta, a votação deve acabar em segundo plano no Congresso, já que o governo tem voltando todas as suas atenções para a Reforma da Previdência.
Além disso, informou que o deputado não faz parte da Frente, mas que sua boa posição junto à base do governo e dentro do partido do presidente, torna favorável a atuação do ex-delegado da Polícia Federal de Macaé na busca com melhorias na segurança pública do interior do Estado do Rio.
Como integrante da base do governo e devido à boa relação com a família do presidente Jair Bolsonaro (PSL), a expectativa é de que Laterça consiga consolidar essa luta por melhorias na segurança do Estado do Rio, pauta que o deputado tem defendido e trabalhado desde a campanha eleitoral, no ano passado.
Na entrevista ao site da Câmara, o presidente da Frente Parlamentar também comentou a Reforma da Previdência, discordando que os militares e policiais precisem dar sua cota de sacrifício, pois, na visão dele, os militares estão sendo sacrificados há décadas, com os piores planos de carreira e os piores salários, mesmo o salário médio de um militar aposentado sendo superior a 9 mil reais.
Também nesta quarta, Moro voltou a defender a ideia que mesmo com o governo tendo a Reforma como prioridade, a proposta do pacote anticrime poderia tramitar em paralelo na Câmara, mas reafirmou que a decisão é de responsabilidade do presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).