Segundo INC , os idosos, entre 75 e 84 anos, com doenças coronarianas, são os que mais sofrem nesta época do ano. Médico cardiologista de Macaé explica como o infarto pode ser evitado
Daniela Bairros
Dados do INC (Instituto Nacional de Cardiologia) revelam que o risco de infarto durante o inverno pode chegar a 30%. Os idosos entre 75 e 84 anos, com doenças coronarianas, são os que mais sofrem nesta época do ano. O inverno começou há uma semana e o frio, principalmente abaixo dos 14 graus, aumenta o risco de complicações cardíacas.
Segundo o médico cardiologista da UNICOR Macaé, Matheus Sigiliano Carneiro, ao sentir frio, o corpo tenta produzir calor ao liberar substâncias chamadas catecolaminas, que agem fazendo a constrição de vasos sanguíneos e aumentando a pressão arterial. “Essas alterações justificam a maior ocorrência de infarto no inverno. Além disso, passamos a comer alimentos mais gordurosos e diminuímos a prática de exercícios físicos”, ressaltou.
Segundo o médico cardiologista, as doenças respiratórias comuns nesta época do ano, como gripes e resfriados, podem sobrecarregar o sistema circulatório e, consequentemente, o cardiovascular. “Nessas situações, as infecções agridem a superfície dos vasos sanguíneos e torna a placa de colesterol mais vulnerável a processos de trombose favorecendo a ocorrência de infarto por oclusão das artérias do coração”, explicou. Por isso, pacientes que já possuem doenças cardiovasculares são mais suscetíveis e devem se cuidar para evitarem maiores complicações.
Os sintomas do infarto devem deixar as pessoas em alerta: “Ocorre um grande desconforto causado por uma dor forte sentida no peito e irradiada para a mandíbula, pescoço, ombros e braços, principalmente o esquerdo. Além disso, a pessoa também pode ter uma sensação de desmaio, suor excessivo, náusea, vômitos e falta de ar”, afirmou o médico João Alexandre Farjalla, também cardiologista da UNICOR Macaé.
Quem estiver com alguém apresentando estes sintomas deve, em primeiro lugar, solicitar socorro urgente e tomar os seguintes cuidados: não dar nada para a pessoa ingerir; se a vítima desmaiar, confira se ainda há respiração e pulso, se não tiver, será necessário iniciar massagem cardíaca até o socorro chegar; nunca transporte a pessoa desfalecida; deixe-a em posição confortável, levemente inclinada e afrouxe suas roupas.
A equipe de socorristas deve levar o paciente a uma unidade de urgência para o diagnóstico definitivo. Em caso de infarto, o paciente deverá ser encaminhado para uma clínica cardiológica que possui exames de alta complexidade, como a UNICOR Macaé, junto ao hospital São João Batista.
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