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Prefeitura de Macaé descarta 3º caso suspeito de coronavírus, mas casos no Estado já chegam a 3 confirmados

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A Prefeitura de Macaé informou na última semana que o resultado do exame do 3º caso suspeito de coronavírus no município deu negativo. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Saúde na última sexta-feira, 6.

O município lembra que os outros 2 casos que haviam sido notificados anteriormente também foram descartados pelo Ministério da Saúde, e que, com isso, a cidade permanece sem nenhum caso confirmado da doença.

Neste domingo, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro confirmou o 3º caso do coronavírus no Estado, sendo 2 na capital, além de outros 111 casos suspeitos em todo o território fluminense, sendo 51 no Rio, 15 em Niterói, e 6 em Barra Mansa, as cidades com maior incidência até o último fim de semana.

Também na semana passada, antes da confirmação do 3º caso da doença no Estado, a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) se reuniu em audiência pública para debater o avanço do coronavírus, e propor a criação de um plano de contingência para todos os órgãos públicos estaduais, incluindo escolas e grandes eventos.

O evento foi realizado na Alerj de maneira conjunta pela Comissão de Saúde da Casa com a Comissão Externa de Acompanhamento das Ações Preventivas e Consequências sobre o Coronavírus da Câmara Federal.

Na audiência pública, a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Margareth Dalcolmo, projetou uma expansão dos casos de coronavírus no país, que já chegou a 24 casos confirmados, mas ressaltou que isso não é motivo para causar pânico na população, pois o Ministério da Saúde já teria elaborado um plano de contingência, e a Fiocruz está alinhada com as diretrizes do plano.

“A doença chegará ao Brasil e teremos vários casos. Cerca de 80% deles serão leves, por isso não há razão de pânico”, acredita Margareth Dalcomo.

A pesquisadora da Fiocruz sugeriu ainda que pessoas que chegarem de viagem de locais onde haja surto da doença façam uma quarentena voluntária e não saiam de casa por 14 dias, pois a antecipação da vacinação contra a Influenza vai facilitar o trabalho dos médicos.

“A medida [antecipação da vacina] é uma forma de auxiliar os profissionais de saúde a descartarem Influenza na triagem de casos para o coronavírus”, justificou ela.

Para a presidente da Comissão de Saúde da Alerj, deputada estadual Martha Rocha (PDT), o isolamento voluntário seria uma ferramenta útil para conter o vírus, mas segundo ela, a realidade da população não é simples.

“Temos famílias de 4, 5 pessoas, que dividem 1 cômodo. O fato é que as secretarias de saúde precisam criar outro tipo de espaço para acolher essas pessoas”, defendeu a deputada do PDT.

A parlamentar anunciou também a criação de um comitê de monitoramento com a participação da Alerj, das secretarias, municipal e estadual, de Saúde, das universidades, e da Fiocruz, com objetivo de fazer o acompanhamento das estratégias que serão adotadas para enfrentar o avanço do coronavírus no Estado do Rio.

O 1º caso da doença no Estado foi confirmado na última quinta-feira, 5, em Barra Mansa, no Sul Fluminense, de uma moradora do município que, assim como o 1º caso confirmado no país, também teria viajado para a Itália.

No país europeu, o número de casos confirmados já ultrapassou a marca dos 7.375, com 366 mortes. Devido ao avanço da doença, o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conti, assinou um decreto que determina a quarentena em parte do país, além do fechamento de cinemas, teatros e museus até o próximo dia 3 de abril.

Dos 79 casos investigados pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio na última sexta-feira, o número subiu para 111 no domingo, 2 dias depois, e pode chegar a mais casos ao longo dessa semana, conforme explicou o secretário estadual de Saúde do Rio, Edmar Santos, que relatou também as medidas que o governo está tomando a respeito do avanço da doença no Estado.

“Estamos seguindo o plano de contingência do Ministério da Saúde. O isolamento domiciliar é a forma mais segura de conduzir. Os casos graves é que contarão com isolamento nas unidades hospitalares”, disse Edmar Santos, completando que em breve 220 leitos serão disponibilizados na rede pública estadual fluminense.

Presidente da Comissão da Câmara Federal, o deputado Dr. Luizinho (PP-RJ) disse que o colegiado está agindo para destinar verbas para os estados mais afetados caso haja uma epidemia. Dos 25 casos confirmados até este domingo, eram 16 em São Paulo, 2 na Bahia, e 1 no Distrito Federal, no Espírito Santo, em Minas Gerais, e em Alagoas, além dos 3 casos no Estado do Rio.

“A Comissão da Câmara se reunirá com o Ministro da Saúde e vamos ter uma previsão do orçamento. A nossa proposta é de divisão per capta desses recursos. A gente quer que os recursos sejam distribuídos de forma equânime, em caso de epidemia, e claro que os estados afetados receberão maior valor”, acredita Dr. Luizinho.

O deputado federal, porém, rechaçou que os problemas relacionados ao coronavírus no Brasil sejam de ordem financeira, pois acredita que o problema é gerencial, de planejamento, criticando o governo federal.

“Precisamos ter um plano de contingência diferenciado. No nosso Estado, o isolamento domiciliar pode ser um pouco mais difícil. Por isso, é importante alertar as autoridades, falar sobre estratégias. Temos hoje no mundo crianças afastadas da sala de aula; esta é uma realidade que pode chegar até a gente. Qual será o plano de enfrentamento das secretarias de Educação? Nosso papel é alertar e cobrar os gestores”, ponderou o parlamentar do PP do Rio.

Presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremerj), Sylvio Provenzano lembrou que a taxa de mortalidade do coronavírus ainda é baixa, cerca de 2,4%, mas reforçou a importância das medidas de prevenção.

“Lavar as mãos, manter pelos menos 1 metro de distância de alguém com sintomas gripais e, se sentir coriza, dor no corpo, evitar sair de casa”, ressaltou Sylvio Provenzano.


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