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Petrobras anuncia oficialmente apoio à campanha “Menos Royalties, Mais Empregos”, da Prefeitura de Macaé

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Investimentos da empresa para a Bacia de Campos chegam na casa dos 10 bilhões de dólares

 

 

Tunan Teixeira

 

Na última quinta-feira, 17, o gerente geral da Unidade de Operações de Exploração & Produção da Bacia de Campos (UO-BC), Marcelo Batalha, apaziguou a sociedade macaense ao reafirmar que a Petrobras não pretende deixar a Capital Nacional do Petróleo, principal base offshore da empresa.

Mas uma informação pode ter sido ainda mais importante para a cidade, a região e o estado, que foi a que tratou dos investimentos que a Petrobras pretende realizar na Bacia de Campos, apoiada ainda pelas recentes descobertas da estatal, principalmente na camada pré-sal.

Marcelo Batalha, que se disse quase macaense, já que vive na cidade há mais de 10 anos, tendo, inclusive, um filho nascido na cidade, demonstrou, ao falar sobre o tema, uma realidade muito diferente do cenário apocalíptico apontado pelo vereador Maxwell Vaz (SD), que desde 2016, vem alardeando um abandono da Petrobras de suas atividades em Macaé.

“Macaé continua sendo nossa principal base de operações offshore e vai continuar sendo. Não há nenhum interesse da Petrobras deixar a cidade de Macaé”, declarou Marcelo Batalha.

Durante evento de comemoração dos 40 anos da chegada da Petrobras à Bacia de Campos, o gerente geral da UO-BC da estatal anunciou investimentos no valor de 10 bilhões de dólares na região até 2021.

A estatal brasileira é mais uma a declarar apoio à campanha da Prefeitura de Macaé intitulada “Menos royalties, mais empregos”, e confirmou as declarações de Batalha, em comunicado oficial, de que suas operações não sairão do município.

Segundo Marcelo Batalha, inclusive, ainda há muito que fazer na região, chegando também a falar sobre investimentos nos campos maduros, saída que vem sendo amplamente pedida pela Prefeito Dr. Aluízio (PMDB) para promover o reaquecimento da indústria do petróleo na região.

“Temos reservas, temos expectativas, temos negócios para, pelo menos, outros 40 anos”, afirmou Marcelo Batalha, que, além de citar a redução na taxa de royalties conseguida pelo prefeito junto à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), também falou de uma renovação do contrato de concessão da Petrobras para a exploração dos campos de exploração na Bacia de Campos.

Segundo Batalha, vários empreendimentos garantirão a sobrevida da bacia nas próximas décadas, como o início de operação do FPSO Campos dos Goytacazes, no campo de Tartaruga Verde, no primeiro trimestre de 2018.

Também estão previstos projetos de revitalização de Marlim, a partir da próxima década, que poderá gerar um volume adicional de 900 milhões de barris de óleo equivalentes por dia (boe/dia), e a renovação de uma série de concessões, como a de Albacora. Essas áreas marcam novas descobertas no pré-sal, como Bravo, Forno, Tracajá e, mais recentemente, Poraquê Alto.

A Petrobras destacou também as oportunidades de óleo rápido, pela facilidade de iniciar a produção devido à infraestrutura disponível na Bacia de Campos, onde estão instaladas 53 plataformas, além de dutos de exportação.

“O óleo rápido é aquele que demanda menos investimentos, porque às vezes ele é encontrado perto da atividade de uma plataforma que já está em operação. Então não precisa enviar outra plataforma, e pode-se utilizar a que já está próxima, o que barateia custos, e por isso, é chamado de óleo rápido”, explicou Marcelo Batalha.

A companhia diz ter 48 projetos de desenvolvimento complementar que demandarão investimentos da ordem de 10 bilhões de dólares, que preveem a construção de 80 poços produtores e 29 injetores, permitindo um incremento de 450 mil boe/dia até 2021.

Para manter as dezenas de plataformas, além dos investimentos visando óleo novo, a Petrobras desembolsará recursos para linhas submarinas e os quase 500 poços existentes na bacia. Essas atividades visam sustentar a demanda por sondas e embarcações especiais, como as duas contratadas à Helix Energy (Siem Helix I e II) - equipamentos que também auxiliarão a desativação de projetos.

“O fechamento de campos e, contudo, a última opção no leque da petroleira, cujo objetivo é extrair até o último óleo economicamente viável de suas concessões. Estratégias como a do desenvolvimento complementar, aliadas a programas como o Proef, de eficiência operacional, ajudaram a companhia a melhorar esse aproveitamento, reduzindo a taxa de declínio da produção na região, que desde o início das operações, já se sabe que será de 10% ao ano, para uma faixa de 6%”, explica Batalha, acrescentando que a marca não é considerada suficiente e que a petroleira pretende atrair parceiros para superá-la.

Entre eles, os candidatos seriam a norueguesa Statoil e a portuguesa Galp para o aporte de tecnologia que reduziria esse declínio. Elas já assinaram memorandos de entendimento com a Petrobras sobre o assunto.

Em outros casos, foram apontados desinvestimentos de 3 polos em águas rasas na Bacia de Campos, como Pargo, Enchova e Pampo, num total de 13 campos, que estão no fim do período produtivo que começou na década de 70.

No último dia 7 de agosto, a ampla discussão em torno da proposta de redução da taxa de royalties de 10% para 5% nos campos maduros da Bacia de Campos, iniciada por Dr. Aluizio, na Feira Brasil Offshore e que ganhou ênfase nos últimos dias, chegou ao fim com a decisão da União, através do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

A pauta vinha sendo discutida pelos municípios produtores de petróleo da Bacia de Campos e inclusive apresentada pelo prefeito ao Presidente da Petrobras, Pedro Parente, mas a União bateu o martelo com publicação no Diário Oficial da União de 6 de julho de 2017. A rigor, a decisão da redução das taxas de royalties estabelece que a produção além da média praticada, tem taxação diferenciada, podendo ser de até 5%, contra os 10% atualmente em vigor.

Foto: Rui Porto Filho


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