Declarações do ex-líder da bancada governista na Câmara de Macaé rebatem críticas da oposição
Foto: Igor Faria
Tunan Teixeira
Durante os acalorados debates sobre o projeto de lei que permite à Prefeitura de Macaé fazer convênios com importantes instituições da cidade, o ex-líder do governo e atual vice-presidente da Câmara, Julinho do Aeroporto (PMDB), voltou a comparar a situação da cidade com a da vizinhança.
Respondendo às críticas da oposição sobre a demora do Prefeito Dr. Aluízio (PMDB) em enviar o projeto ao Legislativo, Julinho lembrou que muitas cidades da região não estão conseguindo manter sequer serviços básicos como saúde e educação, como acontece em Rio das Ostras e Cabo Frio, por exemplo.
O vereador lembrou a dificuldade de se administrar um município quem tem 17 mil servidores, em uma das administrações mais inchadas do país se levada em conta a relação habitantes/servidores públicos, como acontece em Macaé, mas ressaltou que apesar disso, os salários dos servidores estão em dia, diferente do acontece em algumas cidades da região e até com o governo do estado.
“O município de Duque de Caxias, por exemplo, tem quase 1 milhão de habitantes para uma média de 12 mil a 14 mil servidores. É muito difícil administrar assim. O tempo do Prefeito Aluízio já tem o fim da linha definido. Em 31 de dezembro, acaba o mandato e ele não pode mais voltar. De repente, o próximo prefeito vai ser Luiz Fernando (vereador, do PTdoB) ou Maxwell (vereador, do SD), ou Chico Machado (ex-vereador, do PDT), ou Igor (Sardinha, ex-vereador, sem partida), ou Danilo Funke (ex-vice-prefeito e ex-vereador, da REDE). Quero ver como é que vão administrar uma folha tão inchada. Porque muitos falam que o município arrecada muito, mas esquecem que também gasta muito”, alertou o vice-presidente da Câmara.
Ex-líder da bancada governista, Julinho lembrou também que, por conta da crise, muitos governos não estão conseguindo manter programas sociais, e citou o Defeso, lei que concede benefícios aos pescadores na época de reprodução de algumas espécies, quando a pesca fica proibida, mas ressaltou que o Defeso municipal está em vigor, e os pescadores estão recebendo, e questionou a oposição sobre a valorização do trabalho do governo e do prefeito.
“Eu entendo que esse é o papel político da oposição. Mas também é preciso reconhecer a importância do prefeito e de certas ações do governo. Tem coisas boas. Mas é obrigação. O governo foi eleito para isso. Mas eu duvido que outra cidade no nosso estado esteja melhor que Macaé. Em outras cidades, os salários dos servidores estão atrasados; a prefeitura tem que parcelar os salários. Aqui não. Aqui eles recebem em dia. Não atrasa. Eu não queria viver numa cidade com todos esses problemas que estão sendo relatados na imprensa”, disse o vereador.