Governo do Prefeito Rafael Diniz (PPS) estaria planejando fechamento de unidades sob justificativa de otimizar serviço
Tunan Teixeira
A Prefeitura de Campos dos Goytacazes continua passando “maus bocados” para conseguir manter as contas em dia no município, e a próxima área da administração que deve pagar a conta dessa dificuldade é a da Saúde.
Segundo informações da revista Viu!, o Prefeito Rafael Diniz (PPS) está planejando fechar as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). A justificativa do governo municipal seria a uma “otimização” do atendimento para reduzir – mais – custos da máquina pública.
A revista afirma que os serviços da pasta serão centralizados, e especula que a decisão pode aumentar ainda mais as filas dos hospitais de Campos, principalmente os que utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS).
Essa não seria a primeira vez que a população pode acabar sofrendo com as medidas econômicas da atual gestão, que vem encerrando programas sociais, como o fechamento do Restaurante Popular e o fim da passagem a 1 real, todas medidas anunciadas com a desculpa de promover economia nas contas públicas.
Porém, conforme a reportagem, o governo estaria cogitando a contratação de um instituto de Brasília a preço milionário para planejar e executar o fechamento das UBSs da cidade, contrariando a política do Ministério da Saúde, que incentiva a ampliação da “atenção básica de saúde”.
“No Brasil, a atenção básica (AB) é desenvolvida com alto grau de descentralização, capilaridade e próxima da vida das pessoas. Deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e o centro de comunicação com toda a Rede de Atenção à Saúde. Por isso, é fundamental que ela se oriente pelos princípios da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da continuidade do cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social”, descreve o Portal da Saúde, do SUS.
Ou seja, enquanto o governo federal prega descentralização do serviço público de saúde e ações de promoção da saúde, o governo municipal justifica a medida com a centralização as políticas da pasta na cidade, mais uma vez para conter custos.
Vale lembrar que além de cortar programas sociais, o prefeito não reajustou salários de servidores, aumentou a carga horária na saúde e retirou alimentação e lanche dos funcionários públicos municipais, e ainda anunciou que vai reduzir o repasse de recursos para os hospitais filantrópicos conveniados com a prefeitura, o que pode significar uma crise ainda maior na Saúde municipal.
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