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Suspeita de matar empresária a facadas em Macaé deve ser apresentada amanhã (22) pela Polícia Civil

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Ao logo do dia, houve rumores de que a suspeita teria se entregado à polícia. A informação chegou a ser confirmada pela PM, mas foi negada pela Polícia Civil.

Islay Cristina Pereira de Souza, principal suspeita de ter matado a facadas a empresária Raquel Melo Mota, de 39 anos, na noite da última sexta-feira (17) durante uma briga de trânsito em Macaé, deverá ser apresentada amanha (22), pela Polícia Civil.

O delegado titular da 123ª Delegacia Policial de Macaé (123ª DP), Filipi Poeys, convocou uma coletiva de imprensa, marcada para esta quarta-feira, às 18h, onde dará detalhes sobre as investigações do caso, que correm em sigilo. A expectativa é que Islay seja apresentada durante a coletiva.

Parentes da suspeita e seu advogado foram até a delegacia na manhã desta terça-feira. Houve tumulto entre os familiares da suspeita e da vítima e a PM teve que intervir, pedindo para que os parentes de Islay deixassem o local.  Apenas o advogado dela permaneceu local, provavelmente, negociando a entrega da suspeita.

Ao logo do dia, houve rumores de que Islay teria se entregado à polícia. A informação chegou a ser confirmada pela Polícia Militar, mas foi negada pela Polícia Civil.

Bastante abalado, Vanderson Fernandes, marido da vítima, afirmou que não sairá da porta da delegacia enquanto não tiver certeza de que Islay foi presa. Na frente da sede policial, a expectativa pela apresentação de Islay é grande. Populares, imprensa e familiares da vítima estão de prontidão no local.

O crime

Segundo a Polícia Militar, testemunhas informaram que Raquel e Islay discutiram por conta de um desentendimento no trânsito, na noite de sexta-feira (17). A briga ocorreu em frente ao condomínio que Raquel morava, na Ilha da Caiera, localizado na Barra de Macaé.

Câmeras de monitoramento do local flagraram o momento em que Islay saca uma faca e desfere três golpes contra Raquel. Um deles atingiu o tórax da vítima. Raquel chegou a ser socorrida para o Hospital Público de Macaé (HPM), onde passou por uma cirurgia delicada.

Na manhã de sábado (18), ela não resistiu aos ferimentos e morreu. Segundo o marido de Raquel, a suspeita não estava sozinha no momento do crime. “Ela fechou a minha esposa avançando o sinal. A minha esposa buzinou. Ela começou a xingar a minha e encostou no carro. Ela estava com mais duas pessoas no carro e já saiu com a faca na mão”, disse.

Ainda de acordo com o marido da vítima, Raquel era uma pessoa calma e pacífica. O casal participava de atividades filantrópicas de proteção animal e fazia parte do grupo “Amigo Palhaço”, que visita asilos, hospitais e orfanatos.

Natural do Ceará, Islay Cristina se apresenta em sua rede social como assessora da Câmara Municipal de Macaé, mas na verdade, ela não exerce mais a função.  Ela já trabalhou na Farmácia Popular do município e foi assessora parlamentar de um ex-vereador que concorreu às últimas eleições para prefeito em Macaé. A suspeita é proprietária de uma padaria no bairro Parque Aeroporto, em Macaé. Desde o último sábado (18) o estabelecimento está fechado.

Comportamento agressivo

Pessoas próximas a Islay, afirmaram que ela sempre apresentou um comportamento agressivo. Outras atitudes da suspeita demonstram que o crime cometido por ela era uma espécie de “tragédia anunciada”. “Ela não é uma pessoa normal, sempre se comportou de forma agressiva, querendo resolver as coisas no tapa. Sempre achei que o jeito dela se assemelhava a de um psicopata. Conheço pessoas que têm medo dela, inclusive homens”, conta uma ex-vizinha da suspeita.

A ficha de processos de Islay é extensa. Além de várias ações civis, ela já assinou um terno circunstanciado, após responder processo por Exercício Arbitrário das Próprias Razões (justiça com as próprias mãos), também em Macaé.

Islay responde também por um processo de lesão corporal contra outra mulher no estado do Ceará. Na ação, que corre na 15ª Vara Criminal da Comarca de Fortaleza, ela é indiciada por espancar Edna Maria Lopes dos Santos. O crime ocorreu no ano de 2002 e a sentença até hoje não foi proferida.

Autor: Bertha Muniz

Foto: Reprodução/Facebook


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