Apesar da queda na produção, Bacia de Campos continua sendo visto como atrativa pelo mercado, e nos leilões de blocos exploratórios de óleo e gás, no fim de 2017, arrecadou mais de 3,5 bilhões de reais
A agência de notícias Reuters divulgou nesta quarta-feira, 21, que a produção de petróleo da Petrobras na Bacia de Campos caiu 2,5% no último mês de fevereiro, atingindo 1,112 milhão de barris por dia (bpd), o menor nível desde dezembro de 2002.
Os dados seriam em comparação com mês de janeiro deste ano e teriam sido revelados pela própria petroleira ao mercado.
Apesar de continuar sendo uma das mais importantes para a produção de petróleo no Brasil e no mundo, tendo arrecadado mais de 3,5 bilhões de reais nos leilões de blocos exploratórios de óleo e gás, no fim do ano passado, não é novidade que a Bacia de Campos vem apresentando declínio constante na produção.
O motivo seria a grande quantidade de ativos já maduros, ou seja, que têm ou que estão perto de alcançar 40 anos, tempo de maturação dos poços previsto em suas aberturas. O declínio é notório na bacia mesmo com a presença na região de áreas em operação do pré-sal.
Por isso, a campanha feita pelo Prefeito de Macaé, Dr. Aluízio (PMDB), foi tão importante à época, afim de que, com as novas tecnológicas da indústria do petróleo, empresas privadas pudessem investir na exploração e na produção dos campos maduros da Bacia de Campos, dando uma sobrevida para a economia da região.
Principal dentre as já exploradas na costa brasileira para a produção de petróleo, a região teve os primeiros campos com volume comercial descobertos em 1974, provocando a vinda das primeiras bases da Petrobras para Macaé alguns depois.
Em comunicado, a Petrobras disse na noite de terça-feira, 20, que sua produção de petróleo no Brasil caiu 1% em relação ao mês anterior, gerando a 2ª queda mensal consecutiva, totalizando 2,08 milhões bpd em fevereiro, enquanto que, em janeiro, a produção chegou a 2,104 milhão de bpd.
Ainda de acordo com a Reuters, sem apresentar detalhes, Petrobras teria afirmado que a queda foi impulsionada por ocorrências operacionais nas plataformas P-18 e P-20, que operam no campo de Marlim, na Bacia de Campos, e no FPSO Cidade de Angra dos Reis, localizado no campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos, atualmente maior campo produtor do país.