Segundo Caged, quase 500 empresas fecharam as portas no município
Tunan Teixeira
A cidade de Campos dos Goytacazes vem sofrendo com a crise econômica agravada pela situação ruim que atravessa o mercado internacional do petróleo, que derrubou a arrecadação do município e fez com que a atual gestão acabasse com diversos programas sociais.
Agora, além do fim da passagem a 1 real e do restaurante popular, o município vive às voltas com o aumento do desemprego e o fechamento de postos de trabalho, já que muitas empresas estão indo embora da cidade.
Segundo dados levantados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, a cidade de Campos perdeu quase 500 empresas, que fecharam as portas na cidade.
Em janeiro de 2016, o município tinha 18.494 empresas privadas ativas, e até janeiro de 2017, registrou 494 estabelecimentos fechados, refletindo o início de uma crise financeira acentuada nos últimos 6 meses.
O levantamento mais atualizado, referente a janeiro deste ano, será consolidado até janeiro de 2018. É possível que os números sejam ainda mais devastadores, mesmo diante da possibilidade do país iniciar uma retomada a partir deste semestre.
As imagens mais expressivas do agravamento da crise são o crescimento descontrolado do índice de miséria, a queda na arrecadação de tributos, os cortes de programas sociais, o desemprego e o aumento da violência.
Fruto desta estagnação econômica, o Habib´s, no bairro Pelinca, foi mais uma empresa a encerrar suas atividades. Outro sintoma aparente é o atraso da Prefeitura de Campos no pagamento de contratos, que estão começando a refletir no dia-a-dia da cidade.
Na última sexta-feira, 1 de setembro, no mesmo dia que o Habib´s fechou, os garis da Vital Engenharia, empresa que cuida do lixo na cidade, entravam em greve, preocupando a população e a administração, já que o lixo urbano começa a se acumular nas ruas do município.
Segundo reportagem no site da revista Viu!, os garis da prestadora de serviço estariam sem receber salários e vale alimentação. Os motivos para os atrasos, de acordo com a matéria, seriam atrasos de 4 meses de pagamento da prefeitura, que, nesta segunda-feira, 4, ainda recebeu a notícia de que os servidores da Saúde e da Educação também anunciaram greve. Pelo visto, a situação parece longe de melhorar.
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