Ao todo, são 800 hectares de área plantada com feijão preto, nas fazendas BJ Agropecuária e Primos Ipanema Agropecuária
Bertha Muniz
Nem só como a Capital do Petróleo, Macaé, no Norte Fluminense, se destaca. A cidade também é o maior produtor de feijão preto do Estado do Rio de Janeiro. Ao todo, são 800 hectares de área plantada com feijão preto, nas fazendas BJ Agropecuária e Primos Ipanema Agropecuária. Juntas as propriedades geram cerca de 450 toneladas das variedades BR1-Xodó e BRS-Esplendor.
Para comemorar o destaque no agronegócio, a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento e a Empresa de Pesquisa Agropecuária (Pesagro-Rio) promoveram na última semana o "Dia de Campo - Cultivo Empresarial de Feijão". O encontro aconteceu nas duas fazendas, localizadas na BR-101, no km 161.
Para o presidente da Pesagro-Rio, Rafael Miranda, Macaé é o único local do Rio de Janeiro que utiliza a colheita mecanizada. Segundo ele, com esse método, a palha que fica no solo gera macro e micro nutrientes, o que faz com que o uso de adubos minerais sejam reduzidos. "Além desse tipo de colheita, que faz com que o município se destaque no setor, o produtor também precisa de pesquisas aplicadas. É essa nossa maior proposta. Pesquisar, aplicar e fazer com o setor cresça cada vez mais.", disse.
De acordo com o secretário de Agroeconomia de Macaé, Alcemir Maia Costa, a ideia da Pesagro-Rio e da Secretaria de Estado foi divulgar, por meio das palestras realizadas durante o evento, e demonstrar novas tecnologias, além de formas para aproveitamento de plantio, fixação biológica de nitrogênio e plantio direto.
Cerca de 100 participantes presentes no evento participaram da palestra do engenheiro agrônomo e pesquisador da Pesagro-Rio, Benedito Fernandes. Em seguida, Luis Carlos Hernani, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) abordou o manejo do solo e a agricultura conservacionista. Para encerrar, a também pesquisadora do Embrapa, Rosângela Straliotto, destacou os benefícios da fixação biológica de nitrogênio na cultura do feijão.
Além de técnicos e do secretário de Agroeconomia de Macaé, o Dia de Campo também contou com a presença de representantes da Empresa de Assistência Técnica Extensão Rural Emater-Rio; do deputado estadual, Chico Machado; vereador de Macaé, José Prestes; produtores rurais e representantes de diversos municípios vizinhos, como Casimiro de Abreu e Cabo Frio.
Com informações da Divercidades