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A urgência de novas relações humanas

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Nas relações que estabelecemos com os nossos contemporâneos, aqueles que convivem conosco, direta ou indiretamente, devemos entender que o outro, o próximo, é de fundamental importância para a nossa realização como pessoa.

Passamos a entender e aceitar as relações com o outro, com o próximo, como algo fundamental para a nossa realização, para a nossa felicidade, para o nosso bem-estar no mundo, quando assumimos e vivemos cinco atitudes indispensáveis. São elas: a percepção do outro, o desejo de desenvolver o outro, o relacionamento com o outro tendo como base a alegria, o perdoar o outro e o respeitar o outro, o diferente.

Perceber o outro é acolhê-lo com o objetivo de estabelecer uma relação amigável, de confiabilidade e de aceitação. Perceber o outro representa uma atenção às pessoas concretas, acolhendo-as, compreendendo-as em suas dificuldades e linguagens e estabelecendo um projeto que possa responder à situação (realidade) vivida por elas. O perceber o outro, configura-se então, como a abertura para o reconhecimento dos valores e a aceitação da diversidade e das limitações das pessoas.

Desenvolver o outro representa a preocupação que devemos ter em oferecer situações positivas que permitam às pessoas elaborarem um projeto de vida sintonizado com a cidadania e a autonomia, fundamentos do protagonismo. O desenvolver o outro define a necessidade de uma presença constante junto à pessoa para que ela possa conhecer-se, aceitar-se, valorizar-se, realizar-se e optar por um projeto de vida identificado com a terra e o céu.

Relacionar-se com alegria não significando uma expressão exclusiva dos momentos de descompromisso. Ela é muito mais, muito importante para a vida e a ação de cada um de nós no cumprimento de nossos deveres como agentes da história. A alegria deve ser a base de nossas relações com as pessoas, para que as tarefas comuns e as pesadas possam ser encaradas como fardos pequenos de algodão. O relacionar-se com alegria demonstra que o estar junto com o outro, apesar de muitas vezes contingenciado por graves problemas, é algo prazeroso.

Perdoar o outro possui uma eficácia ímpar nas nossas relações. Além de transmitir sentimentos positivos, saudáveis, que representam satisfação, felicidade e paz de espírito, o ato de perdoar é terapêutico, isto é, cura quem perdoa e quem é perdoado. O perdoar o outro provoca em quem é perdoado o despertar para um processo de conscientização que, inegavelmente, levará a pessoa a percorrer caminho de realização pessoal e comunitária, como filho de Deus e filho do mundo.

Respeitar o diferente é acatar, com respeito, o ponto de vista, às interpretações e atitudes do outro. É assumir o outro demonstrando que as suas formas alternativas de vida são do interesse geral, ainda que muitos não vivam essas formas. Respeitar o diferente não admite força, violência ou dominação e, sim, o diálogo, o reconhecimento e a negociação das diferenças. O respeitar o diferente significa que é obrigatório que reconheçamos a identidade, a autenticidade, a cultura do outro como expressão de uma originalidade que deve ser debatida, aceita e respeitada.

Finalizo reafirmando minha crença na eficácia das relações humanas, na sua importância para a minha vida, para o meu agir de forma responsável, cooperativa e solidária, cultivando valores espirituais e relacionamentos baseados no amor e no respeito mútuo.

Professor José Augusto Abreu Aguiar

 

 


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