Quando adentrarmos neste domingo, 17, faltarão exatos 15 dias para as eleições municipais que acontecem no próximo dia 2 de outubro, daqui a pouco mais de suas semanas.
E conforme o tempo passa, aumenta o ritmo das campanhas eleitorais em várias cidades do Brasil, assim como acontece em Macaé. Porém, com as novas regras da Justiça Eleitoral para as eleições, parece que os candidatos a prefeito na cidade vão passar bem longe do limite máximo estabelecido para as despesas de campanha.
Definido através de um cálculo que leva em conta o número de eleitores em cada município, o limite estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para as despesas na campanha à prefeitura é de volumosos R$ R$2.577.907,44.
Mas, com a diminuição do tempo de campanha para apenas 45 dias, passados 2/3 do período, é difícil imaginar que algum dos candidatos vá conseguir gastar, ou mesmo arrecadar tanto dinheiro em tão pouco tempo.
Isso porque, até esta sexta-feira, 16, segundo dados do site do TSE, o máximo que os candidatos conseguiram arrecadar foi R$ 504.760,99, somando-se todas as 6 contas dos candidatos a prefeito na cidade.
Quem mais contribuiu com esse valor foi vereador Chico Machado (PDT), que já conseguiu arrecadar R$ 296.500,00. Curiosamente, o vereador, que prometeu a campanha mais barata, chegando a dizer que faria a “campanha do real contra a campanha do milhão”, é também o que mais investiu dinheiro do próprio bolso, com 96,96 de sua receita de campanha, o que equivale a mais 287,5 mil reais, dos quais R$ 265.385,00 foram gastos com serviços gráficos, como adesivos e outros materiais impressos.
Chico só não é o candidato que mais investiu na própria campanha percentualmente, porque a receita de Leonardo Esteves (PSOL) é 100% bancada por ele mesmo, já tendo tirado 1,7 mil reais do próprio bolso para a contratação de “serviços de terceiros”, conforme informações do site do TSE.
Se Chico é quem mais contribui para o meio milhão de reais que os 6 candidatos a prefeito em Macaé somam de receita até aqui, quem arrecadou menos, por enquanto, foi Pedro Vilas-Bôas (PSTU), que soma pouco mais de 1,5 mil reais, dos quais R$ 1.280,00 foram gastos com locação de veículos.
Coincidentemente, o segundo candidato à prefeitura que mais arrecadou em Macaé foi o também vereador Igor Sardinha (PRB), que já conseguiu R$ 154.356,00, dos quais apenas 12,96% (20 mil reais) são provenientes de recursos próprios do candidato.
O vereador do PRB, inclusive, é o candidato que possui mais doadores em sua campanha para o Executivo, com mais de 20, segundo o site do TSE. E como a maioria dos candidatos, Igor também gastou a maior parte dessas receitas em serviços gráficos, com R$ 116.848,68 em adesivos e outros materiais impressos.
Já os atuais prefeito e vice da cidade, respectivamente, Dr. Aluízio (PMDB) e Danilo Funke (REDE), vêm fazendo campanhas bem modestas também no que diz respeito às arrecadações, sendo os que menos arrecadaram entre os principais candidatos a prefeito.
Enquanto o atual prefeito conseguiu levantar R$ 110.999,99, sendo menos de 10% (10 mil reais) provenientes de recursos próprios vindos de seu companheiro de chapa, o ex-secretário municipal, Vandré Guimarães (PMDB), o atual vice arrecadou R$ 38.700,00, sendo 100% dos recursos vindo de doações.
Assim como os dois vereadores na disputa, Dr. Aluízio e Danilo também gastaram a maior parte de suas receitas com serviços gráficos, como adesivos e outros materiais impressos. Enquanto o atual prefeito já investiu R$ 191.880,00, o atual vice, bem mais modesto, gastou exatos 20 mil reais com gráficas.
Entre os gastos de campanha mais curiosos em Macaé até esta sexta-feira, estão o 4,5 mil reais pagos pela campanha de Chico Machado à empresa SIT (Sistema de Transporte Integrado) para locação de veículos, e os R$ 1.480,00 gastos pela campanha de Igor Sardinha com seu próprio partido, o PRB, e com o Sinditob (Sindicato dos Trabalhadores Offshore do Brasil).
Tunan Teixeira