O Palácio das Águias recebeu uma noite marcante nesta terça-feira (25) com o lançamento da Revista Mulheres Negras 2025, encontro que integrou a agenda municipal do Mês da Consciência Negra. A cerimônia reuniu autoridades, artistas, lideranças comunitárias e moradores em um ambiente de celebração, afeto e reconhecimento das contribuições de mulheres negras que construíram e continuam construindo a história cultural e social de Cabo Frio.
A publicação, elaborada pela Secretaria Municipal de Cultura, nasce de um processo iniciado simbolicamente em 25 de julho, data dedicada ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e ao Dia Nacional de Tereza de Benguela. O trabalho envolveu debates, encontros, homenagens e trocas coletivas que resultaram em uma edição carregada de significado e memória.
Além da apresentação da revista, o público assistiu ao primeiro episódio de um documentário especial sobre Consciência Negra, produzido pela Coordenadoria Geral de Comunicação. A obra provoca reflexões sobre identidade, ancestralidade, racismo estrutural e a importância de políticas culturais capazes de dar visibilidade a histórias frequentemente negligenciadas.
O secretário municipal de Cultura, Carlos Ernesto Lopes, destacou o esforço contínuo para ampliar ações que fortaleçam a igualdade racial e o protagonismo de mulheres negras em diferentes setores da sociedade. Segundo ele, “o lançamento da Revista Mulheres Negras 2025 demonstra que Cabo Frio está avançando na construção de um cenário cultural mais diverso, inclusivo e atento às vozes que moldam a identidade local”.
A secretária adjunta de Cultura, Margareth Ferreira, lembrou que a revista simboliza o fechamento das atividades do Mês da Consciência Negra e ressaltou o papel fundamental desempenhado por mulheres negras dentro da gestão municipal. Ela afirmou: “Essas mulheres atuam na Saúde, na Secretaria da Mulher, na Igualdade Racial, na Assistência e em tantos outros espaços de Cabo Frio, muitas vezes invisíveis, mas sempre com potência, eficiência e representatividade”.
O evento marcou não apenas o lançamento de uma publicação, mas também um momento coletivo de reconhecimento, resistência e valorização das narrativas que sustentam a identidade da cidade.
Foto: Mari Ricci
