A Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan) divulgou nessa semana mais uma parcial da sua plataforma Retratos Regionais, com números da geração de empregos nos 92 municípios do Estado do Rio no último mês de fevereiro.
O estudo, que utiliza informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), traz uma atualização do ranking de cidades que mais geraram vagas de trabalho com carteira assinada no Estado, com 3 cidades da região do entorno da Bacia de Campos entre as 10 primeiras.
No 2º mês do ano, a lista tem o Rio de Janeiro (+8.005), Magé (+1.861), São João de Meriti (+1.766), Macaé (+1.317), São João da Barra (+538), Seropédica (+416), Itaguaí (+316), Angra dos Reis (+261), Campos dos Goytacazes (+234), e Petrópolis (+219).
Além das 10 primeiras cidades fluminenses, a região aparece na lista na 13ª posição, com Rio das Ostras (+145); na 27ª, com São Pedro da Aldeia (+40); na 46ª, com Arraial do Cabo (+10); e na 51ª, em Iguaba Grande (+3), fechando as cidades da região com saldo positivo.
Com saldo negativo de empregos em fevereiro, aparecem Carapebus (-13), na 68ª posição; Quissamã (-14), na 69ª; Casimiro de Abreu (-20), na 73ª; Armação dos Búzios (-30), na 78ª; e Cabo Frio (-72), na 85ª.
Apesar da queda na geração de empregos em todo o Estado entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, provocada pelo desaquecimento do setor do Comércio, normal nessa época, do ano, a maioria das cidades da região ainda tem saldo positivo de empregos criados em 2023, somando janeiro e fevereiro.
Presidente da Firjan Norte Fluminense (Firjan NF), Francisco Roberto de Siqueira avalia que a Região Norte Fluminense, que somou saldo positivo de 2.062 novas vagas de trabalho com carteira assinada em fevereiro de 2023, o destaque na região segue sendo o setor de Indústria e Construção, que, só em Macaé, gerou mais de mil vagas.
“Apesar das urgências que temos em melhorias de infraestrutura para escoar nossos produtos, o Norte Fluminense mostra a força conjunta dos 3 maiores municípios da região. É toda essa importância para a economia do Estado que a Federação leva aos governantes, a fim de sensibilizá-los e conscientizá-los para as nossas necessidades”, disse Francisco Roberto de Siqueira.
O setor também é o mais forte quando somadas as principais cidades da Região dos Lagos e do Norte Fluminense ligadas à cadeia de petróleo, que registrou a geração de 1.386 novas vagas no setor de Indústria e Construção, e de 1.154 novas vagas no setor de Serviços, somando 2.540 empregos em fevereiro, dos 3.442 do saldo acumulado desse ano.
Entre as cidades que aparecem entre as 10 primeiras da lista, Macaé segue como destaque, na 4ª posição do Estado, acumulando saldos positivos consecutivos desde setembro de 2020, ainda no auge da pandemia do coronavírus.
Em fevereiro desse ano, o número de contratações de fevereiro foi o mais alto desde novembro de 2021, com 1.722 vagas criadas, com destaque para o setor de Indústria e Construção (+1.033), principalmente no segmento da Construção Civil (+608).
Menor município entre os 10 que mais geraram emprego no Estado em fevereiro, São João da Barra, abriu 538 novas vagas, também com destaque para o setor de Indústria e Construção (+366), também puxada pelo segmento de Construção Civil (+334).
Já Campos acompanhou a trajetória estadual, registrando se recuperando em fevereiro após o decréscimo de início de ano provocado pelo encerramento de contratos temporários, segundo especialistas da Firjan.
De acordo com a plataforma Retratos Regionais, foram 234 empregos gerados em Campos no 2º mês desse ano, com destaque para o setor de Serviços (+328), muito puxado pelo segmento de Educação (+167).
No Estado do Rio, foram 14.676 vagas abertas com carteira assinada, registrando seu 1º saldo positivo no ano, após os últimos 2 meses de queda, tendo o acréscimo puxado pelo setor de Serviços (+15.365), principalmente no segmento de Educação (+5.407), devido o movimento de volta às aulas.
Em seguida aparece o setor de Indústria e Construção (+2.665), no qual Macaé foi responsável por 38,75% desses números. O destaque foi o segmento de Construção Civil, que somou 2.080 novos empregos com carteira assinada.
Por outro lado, os setores de Agropecuária (-124) e Comércio (-3.230) continuam mostrando redução de vagas em fevereiro, repetindo o movimento de janeiro desse ano, quando os setores registraram, respectivamente, perda de 22 e 8.007 vagas de empregos.
Segundo o estudo, 52 dos 92 municípios fluminenses geraram vagas em fevereiro desse ano, com 2 municípios com saldo 0, e outros 38 municípios com salgo negativo na geração de empregos com carteira assinada no mesmo mês.
