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São Pedro da Aldeia abre procedimento após criança ficar presa em ônibus

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A Prefeitura de São Pedro da Aldeia informou que instaurou procedimento administrativo para apurar as circunstâncias de uma grave falha no transporte escolar da rede municipal, registrada na manhã do último dia 9. O caso envolveu uma criança de 6 anos que foi esquecida dentro de um ônibus escolar por mais de uma hora, em um dia de forte calor no município.

Segundo a administração municipal, assim que o episódio chegou ao conhecimento da Secretaria de Educação, a equipe escolar prestou atendimento imediato à aluna e os responsáveis foram comunicados. A empresa terceirizada responsável pelo serviço foi notificada formalmente e informou o desligamento imediato do motorista e do monitor da rota. Ainda de acordo com a prefeitura, toda a equipe passará por reciclagem e capacitação durante o recesso escolar, com reforço dos protocolos de segurança, embarque, desembarque e conferência ao final dos trajetos.

O município também afirmou que os procedimentos de vistoria são obrigatórios em todas as rotas e que a fiscalização será intensificada. A gestão declarou ainda que disponibilizou atendimento psicossocial à criança e à família e reafirmou o compromisso com a segurança, o bem-estar e a integridade dos estudantes da rede municipal.

O episódio, no entanto, provocou forte abalo emocional na aluna Anna Julia, estudante da Escola Municipal Jardim Primavera. De acordo com a mãe, a operadora de caixa Lilian Rosa, a menina passou a apresentar medo, choro frequente e resistência em voltar a utilizar o transporte escolar. “Ela ficou abalada, mais insegura e retraída”, relatou.

Segundo Lilian, a filha embarcou no ônibus por volta das 6h40 e permaneceu sozinha no veículo até cerca de 8h, sem qualquer tipo de supervisão. A criança só foi encontrada porque uma vizinha ouviu os pedidos de socorro e acionou ajuda ao perceber que o ônibus estava estacionado. A mãe afirma que não recebeu comunicação oficial imediata sobre o ocorrido e soube da situação por terceiros.

Ainda conforme o relato, os profissionais envolvidos teriam alegado que não perceberam a presença da criança porque ela estaria dormindo. Para Lilian, a explicação é inaceitável. Ela argumenta que a conferência do veículo ao fim do trajeto é uma obrigação básica, sobretudo quando se trata do transporte de crianças pequenas.

Após a repercussão do caso, a mãe procurou atendimento no Centro de Atenção Psicossocial Infantil do município, mas afirma que a experiência foi frustrante. Segundo ela, não houve acolhimento adequado e a consulta para a criança foi marcada apenas para janeiro, sem data definida. Lilian também criticou as condições estruturais do local e disse não se sentir segura em dar continuidade ao atendimento da filha ali.

A mãe relatou ainda que foi informada de que teria acompanhamento de uma orientadora educacional e de uma assistente social da Secretaria de Educação durante o atendimento, o que, segundo ela, não ocorreu. Ao procurar a pasta após o episódio, Lilian afirma ter ouvido que a situação não seria de responsabilidade do órgão, posicionamento que contesta, destacando que tanto a escola quanto os profissionais envolvidos integram a rede municipal.

Diante do que considera uma sucessão de falhas, Lilian informou que pretende buscar medidas judiciais.


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