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Firjan acredita em investimentos de 13,2 bilhões de reais na região do entorno da Bacia de Campos nos próximos anos

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A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) apontou nesta semana que, com a concretização dos desinvestimentos da Petrobras na Bacia de Campos está abrindo o mercado para novos investimentos na região.

Segundo levantamento feito pela gerência de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, as últimas negociações confirmaram a venda de 17 campos de petróleo para 5 empresas, das quais 4 apresentaram planos de desenvolvimento que totalizam uma injeção de pelo menos 13,2 bilhões de reais.

“Esses investimentos se referem àqueles classificados nos planos como obrigatórios. Ou seja, de acordo com a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o valor ainda pode dobrar se consideradas as chamadas ‘atividades contingentes’ – aquelas que ainda dependem do desenvolvimento de projetos”, detalhou a Firjan.

Um desses novos atores do mercado é a multinacional Trident Energy, com base em Macaé, que arrematou 10 campos de petróleo, e tem previsão de investimentos na casa dos 5,6 bilhões de reais para os próximos anos.

Em 2020, a Trident Energy já havia adquirido os campos de Pampo e Enchova, na Bacia de Campos, e em seu site, a empresa fala da importância dos investimentos em desenvolver o valor dos campos maduros.

“Trata-se de campos que não são mais essenciais para os objetivos estratégicos de seus proprietários, mas ainda podem gerar crescimento por meio da aplicação de nossas estratégias, da experiência em ativos maduros e da tecnologia. Nossas capacidades residem na descoberta de eficiências latentes, a fim de aumentar a produção e as reservas. Temos atenção especializada nos detalhes, reinterpretando dados de subsuperfície e alavancando as infraestruturas existentes para modernizar e otimizar campos existentes. Nossas atividades vão de operações de poços e sondagem a exploração nas proximidades dos campos”, descreve a Trident Energy.

Outra multinacional com base em Macaé, a franco-britânica Perenco assumiu 3 campos, e prevê investimentos de 1,1 bilhão de reais, entre eles, uma nova plataforma flutuante de armazenamento e transbordo, que deve ser instalada no 2º semestre de 2022.

“O movimento diversifica o mercado de óleo e gás, e assim ganhamos novos protagonistas ao lado da Petrobras. A presença de todas elas enriquece o mercado e a região, trazendo o dinamismo que nós precisamos para incrementar as atividades econômicas e sociais, gerando emprego e renda para todos”, comemorou o novo coordenador da Comissão Municipal da Firjan em Macaé, Gualter Scheles, que solicitou o estudo feito pela gerência de Petróleo, Gás e Naval da Firjan.

A Firjan lembra que, além dessas companhias, a Bacia de Campos recebe operações da brasileira PetroRio, da norueguesa BW Offshore e da malaia Petronas, que vêm, aumentando suas atividades na região nos últimos anos.

Dos 17 campos de petróleo adquiridos pelas multinacionais, a maior parte corresponde a campos maduros. Desses 17, a Perenco é responsável por 1 campo que correspondem à geração de royalties para Macaé e outros 2 para Campos dos Goytacazes; a Tridenty, por 6 em Campos e 8 em Quissamã; e a Petronas e a PetroRio, 1 campo com geração de royalties para Campos cada uma.

“A entrada de novas empresas com expertise na recuperação de campos maduros traz benefícios para todos os envolvidos no mercado de petróleo e gás. Isso acelera os investimentos e o processo de recuperação da Bacia de Campos, prolongando, assim, a produção e os efeitos multiplicadores na região. E isso significa também mais royalties e mais empregos em todas as atividades ligadas direta ou indiretamente a este mercado”, acredita o coordenador de conteúdo de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, Thiago Valejo.

Somam-se a esses movimentos o Programa de Revitalização e Incentivo à Produção de Campos Marítimos (Promar), do Ministério de Minas e Energia (MME), que busca criar mecanismos de incentivo para atrair diferentes empresas na exploração dos campos maduros.

Em reunião, na semana passada, com o prefeito de Macaé, Welberth Rezende (CIDADANIA), o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, anunciou a intenção de realizar o próximo seminário do Promar na Capital Nacional do Petróleo.

“Com infraestrutura instalada e reservatórios descobertos, os campos maduros oferecem oportunidade de acesso a volumes remanescentes de óleo e gás com investimentos menores do que os dos campos novos. O Rio de Janeiro é o Estado que mais deve ser beneficiado com o programa, já que tem mais de 45 campos considerados maduros, muitos com potencial de produzir por mais tempo a partir do aumento do fator de recuperação de óleo. Atualmente, o Promar está na fase de workshops para consolidação das contribuições recebidas no processo de consulta pública. A previsão é de que um relatório conclusivo seja lançado em julho já com as soluções e propostas a serem apresentadas ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), avalia a Firjan.


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