Pedido para investigação interna foi feito por 9 parlamentares da oposição
Depois de serem reconduzidos à prisão de Benfica, na capital fluminense, os deputados estaduais Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB, agora podem ser investigados também pela própria Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj).
O pedido para instauração de uma investigação interna contra os 3 deputados presos por envolvimento em esquema de corrupção que utilizava cargos na Alerj para beneficiar empresários do transporte público e empreiteiros, foi feito por 9 parlamentares da Casa.
Em sessão da última quarta-feira, 22, os deputados Marcelo Freixo (PSOL), Eliomar Coelho (PSOL), Flávio Serafini (PSOL) e Wanderson Nogueira (PSOL), Gilberto Palmares (PT) e Waldeck Carneiro (PT), Carlos Minc (sem partido), Enfermeira Rejane (PCdoB) e Dr. Julianelli (REDE), apresentaram a representação ao Legislativo.
“Fizemos um documento baseado na investigação ‘Cadeia Velha’ e cabe ao Conselho de Ética abrir o procedimento da admissibilidade, garantir o direito de defesa e determinar se houve ou não a quebra de decoro para que possa, inclusive, haver a perda do mandato se for essa a conclusão”, explicou Marcelo Freixo.
A composição do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar segue as mesmas regras de proporcionalidade em relação às bancadas que valem para as comissões permanentes.
O grupo era presidido por Albertassi, mas segundo a colunista do jornal Extra, do Rio, Berenice Seara, em sua coluna “Extra, Extra”, o nome do deputado já não consta mais na presidência da Comissão.
Segundo a colunista, a assessoria de Albertassi teria informado que o próprio deputado teria pedido para sair de todas as comissões das quais participava, assim deixando também a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Ainda de acordo com informações da coluna, as duas vagas da Comissão de Ética, já que Paulo Melo também participava desta, devem ser preenchidas por indicação da bancada do PMDB na Casa.
Tunan Teixeira
