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Comissão de Segurança Pública da Câmara aprova pedido de audiência pública

Projeto da Câmara Juvenil, que elege 17 vereadores mirins entre estudantes da rede pública municipal, também foi lembrado como iniciativa em prol da segurança, por apontar um futuro para os adolescentes

Requerimento da comissão gerou grande debate sobre papel da Câmara nas discussões sobre o tema

 

Foto: Ivana Gravina

 

Tunan Teixeira

 

Recém promovida à permanente, a Comissão de Segurança Pública e Defesa Social da Câmara Municipal de Macaé teve aprovado um requerimento nesta quarta-feira, 14, em que solicitava a realização de uma audiência pública para discutir os problemas e os desafios da cidade juntamente com representantes do estado.

De acordo com o presidente da Comissão, Cesinha (PROS), a ideia é que o evento seja realizado nos mesmos moldes de outro, realizado em Quissamã, onde estiveram os vereadores Welberth Rezende (PPS) e Neto Macaé (PTC), também membro da Comissão.

O requerimento sugere ainda que a audiência aconteça no próximo dia 6 de julho e seja presidida pela Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), que tem na presidência a deputada estadual Martha Rocha (PDT).

O assunto, como já vem acontecendo na Câmara macaense, foi motivo de muitos debates, principalmente por parte dos vereadores Marcel Silvano (PT) e Maxwell Vaz (SD), que defenderam a presença de secretárias municipais durante o evento, defendendo que os órgãos policiais são a ponta final da discussão sobre segurança na cidade, que, segundo os vereadores, é carente de políticas preventivas.

“Sugiro que os secretários que respondem pelas secretarias de Promoção Social, de Saneamento e de Iluminação Pública, por exemplo, também estejam presentes. Precisamos pensar em segurança como um conjunto de ações”, defendeu Maxwell, que defendeu a iniciativa da Câmara no Projeto da Câmara Juvenil.

O projeto, que elege 17 vereadores mirins entre estudantes da rede pública municipal de ensino, teve a posse dos eleitos em sessão solene realizada nesta terça-feira, 13, e foi marcada pelo entusiasmo e pela consciência política dos jovens.

“Estou muito feliz com essa possibilidade de os jovens terem voz, lidarem com os problemas sociais, ouvirem as pessoas e buscarem soluções”, discursou Henryandra Oliveira de Carvalho, de 15 anos, aluna do Colégio de Aplicação.

Coordenador do projeto, o líder da oposição, Marcel Silvano, lembrou que a Câmara tem uma papel importante na discussão sobre a violência, e criticou a postura do estado, que, segundo ele, tem tratado do tema com ainda mais violência.

“Todo mundo sabe e já é um ditado popular antigo, que violência gera violência, Esse método usado pelo estado só gera mais violência. Nosso trabalha enquanto parlamentares é fazer essa discussão sobre quais os caminhos que devemos tomar para ter uma cidade mais segura e em paz. Uma audiência só com deputados estaduais e a polícia não vai trazer as soluções. O estado não paga a polícia, não paga os servidores da educação, não tem política social. Quando tudo dá errado, chama a polícia. Quando tudo dá errado, enfrenta a guerra com mais guerra”, criticou Marcel.

Sobre o projeto da Câmara Juvenil, Marcel também ressaltou a importância da participação feminina, já que entre os vereadores mirins, são 16 mulheres e apenas 1 homem, inversamente proporcional ao parlamento, onde são 16 homens e apenas uma mulher, a vereadora Renata Paes (PSC).

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