Segunda cidade mais populosa da região, Macaé continuou recebendo novos moradores mesmo depois de estourar a crise internacional do petróleo, em meados de 2014
Na última quarta-feira, 29, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma atualização com a estimativa da população de 5.570 municípios brasileiros, trazendo uma taxa de crescimento populacional de cerca de 0,82% entre 2017 e 2018.
Com dados de referência de julho deste ano, os números mostram que as cidades da Região dos Lagos e do Norte Fluminense, que sofrem com o aumento do desemprego provocado pela crise internacional do petróleo, em meados de 2014, continuam crescendo em termos populacionais.
Com a crise razoavelmente controlada e o setor de óleo e gás vislumbrando um momento de retomada, com o sucesso dos leilões do pós-sal e do pré-sal, desde o ano passado, cidades como Macaé, cidade que concentra maior parcela das empresas do setor no interior do estado, podem voltar a investir em melhorias, como a construção de 4 unidades de saúde, das quais uma já foi entregue e outras 3 seguem com as obras em ritmo acelerado.
No caso da Capital Nacional do Petróleo, por exemplo, os dados são importantes para que a população possa entender uma conta simples, mas que frequentemente é usada politicamente para um lado ou para outro, dependendo do interesse de cada político, principalmente nesse momento em que o país entra definitivamente em processo eleitoral.
Apesar do orçamento do município ter voltado a casa superior aos 2 bilhões de reais em 2018, a população de Macaé foi uma das que mais cresceram nos últimos 8 anos, saltando de pouco mais de 206 mil habitantes para um número estimado de mais de 251 mil pessoas na cidade. Ou seja, se a população aumenta, isso significa que o governo municipal precisa investir em proporcionar mais serviços às pessoas, o que a atual gestão vem se esforçando para conseguir.
Desde o Censo de 2010 até este ano, a população da Capital Nacional do Petróleo cresceu 21,72%, sendo a terceira na região que mais cresceu, atrás apenas das vizinhas Rio das Ostras, que apresentou crescimento de 38,14%, e de Casimiro de Abreu, que cresceu 22,48%.
Enquanto Rio das Ostras viu sua população saltar de 105.676 para 145.989 habitantes, Casimiro saiu de 35.347 para 43.295 habitantes num período de 8 anos. Com o salto populacional, Rio das Ostras ultrapassou Araruama, que tem população estimada em 130.439 habitantes, e se tornou a 4ª cidades mais populosa da região, atrás apenas de Campos dos Goytacazes, Macaé e Cabo Frio.
Neste mesmo período, Armação dos Búzios superou a vizinha Arraial do Cabo, que cresceu apenas 8,59%, chegando a 30.096 habitantes. Desde 2010, ano do último censo demográfico brasileiro, um dos principais balneários turísticos do estado e até do país, Búzios saltou de 27.516 para 33.240 habitantes, se aproximando de São João da Barra, que tem população estimada em 36.138 habitantes.
Mesmo com o Porto do Açu, o pequeno município do Norte Fluminense teve crescimento populacional de apenas 10,35% nesses 8 anos, e mesmo assim, acima do crescimento de Campos dos Goytacazes, que viu seus habitantes crescerem 8,55% no mesmo período. Confira os números da região na tabela abaixo.
Crescimento Populacional da Região
CIDADES 2018 2010 Crescimento
Campos 503.424 463.731 39.693 (8,55%)
Macaé 251.631 206.728 44.903 (21,72%)
Cabo Frio 222.528 186.227 36.301 (19,49%)
Rio das Ostras 145.989 105.676 40.313 (38,14%)
Araruama 130.439 112.008 18.431 (16,45%)
São Pedro da Aldeia 102.846 87.875 14.971 (17,03%)
Casimiro de Abreu 43.295 35.347 7.948 (22,48%)
São João da Barra 36.138 32.747 3.391 (10,35%)
Armação dos Búzios 33.240 27.516 5.724 (20,80%)
Arraial do Cabo 30.096 27.715 2.381 (8,59%)
Iguaba Grande 27.762 22.851 4.911 (21,49%)
Quissamã 24.246 20.242 4.004 (19,78%)
C. de Macabu 23.064 21.211 1.853 (8,73%)
Carapebus 16.039 13.359 2.680 (20,06%)
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