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Avanço do mar em Rio das Ostras volta a ser discutido em audiência pública na Câmara

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Presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), André Lazaroni (MDB), comando debate sobre os avanços dos mar em praias do litoral do estado e da cidade

A Câmara Municipal de Rio das Ostras sediou, na última semana, uma audiência pública com objetivo de debater o impacto do avanço do mar que ocorre nas praias de Abricó e da Tartaruga, situação que preocupa a cidade há algum tempo.

O encontro teve participação do presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), André Lazaroni (MDB), que explicou que o evento aconteceu após uma solicitação dos próprios moradores do município.

“Preocupado com essa questão, tive a oportunidade de colocar no orçamento do estado uma verba de 6 milhões de reais para estudos de viabilidade e solução, que incluem a orla do município”, disse o deputado.

Durante o encontro, os participantes citaram outros exemplos de problemas provocados pelo avanço do mar, como no Pontal de Atafona, em São João da Barra, e na praia do Arpoador, na capital fluminense, onde a interferência humana causou problemas ambientais.

Para o professor de Engenharia Costeira da Universidade Federal do Estado do Rio (UFRJ), Cláudio Neves, o Rio do Janeiro é o estado brasileiro com a maior ocupação litorânea, onde vivem cerca de 80% da população, em 33 municípios costeiros, o que torna o problema mais amplo com questões ambientais, sociais e econômicas.

Cláudio, que já acompanha a questão do avanço do mar há mais de 20 anos, alertou que é preciso manter estudos continuados para uma avaliação mais precisa dos impactos, que já foram tema de articulações políticas nos 2 governos anteriores, e o problema ainda não resolveu.

“Ao longo dos anos houve uma contribuição do homem para que o problema acontecesse, como a construção de casas e estradas próximas da orla. É como se nós estivéssemos preparando o desastre e não nos preparando para o desastre”, afirmou o professor.

Promovida pela Comissão de Meio Ambiente da Alerj, a audiência pública contou com a presença de vereadores e representantes da sociedade civil organizada, entre eles o geólogo, Daniel Fernandes, e o representante do Conselho Municipal de Meio Ambiente, Sustentabilidade, Agricultura e Pesca, Marcelo Fidélis da Silva.

Participaram ainda do encontro, além dos vereadores, alguns representantes da nova gestão municipal, como o coordenador da Defesa Civil de Rio das Ostras, Jorge Manuel da Costa; bem como o superintendente do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), Augusto Martins Machado.

A prefeitura lembrou ainda no fim da última semana, que a gestão anterior iniciou, no final de junho, uma obra emergencial de contenção na Praia do Abricó, que tem previsão de 90 dias para conclusão, com investimentos de cerca de 5 milhões de reais.

No local está sendo feito a colocação de pedras arrumadas para evitar o aumento da erosão provocada pelo avanço do mar, medida que visa a proteção da orla que já ameaça as edificações residenciais em um trecho de 1.500 metros.


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