Um senhor que não teve a identidade divulgada não resistiu e morreu no local
Thaiany Pieroni
Um homem morreu e outro ficou ferido em dois acidentes seguidos registrados na RJ-106, no trecho que corta o distrito de Tamoios, em Cabo Frio, no final da noite deste domingo, 09. Segundo testemunhas, um caminhão teria atingido a primeira vítima e na tentativa de fugir da cena acabou atingindo a um motociclista.
O caso sensibilizou populares que estavam no local. Foram inúmeras as tentativas de conseguir socorro, sem sucesso. O Corpo de Bombeiros, que vem de São Pedro da Aldeia, levou cerca de uma hora para chegar e apesar da tentativa de pessoas presentes em reanimar a primeira vítima, ele acabou não resistindo e vindo a óbito no local. A identidade da vítima não foi divulgada. Já o motociclista foi encaminhada para o Hospital.
Rodovia Amaral Peixoto ou Rodovia da Morte - Além das pessoas presentes, que participaram do ocorrido, a situação comoveu os moradores da localidade, que acompanharam o caso através dos apelos nas redes sociais.
“Só podemos pedir a Deus que conforte essa família, pois nós que estamos de fora já sentimos uma grande tristeza, imagina essa família? Eu ficava angustiada a cada pedido de socorro de amigos que estavam no local sem respostas. É inaceitável uma vida esperar mais de uma hora para ser socorrida”, lamentou Mary.
A situação também reforça os problemas na Rodovia, que chegou a ser apelidada de Rodovia da Morte, já que essa não é a primeira vítima, que perde a vida no trânsito dessa área.
Além da falta de sinalização em toda a Rodovia, principalmente, agora que o DER retirou os redutores de velocidade, há também o problema da falta de iluminação. No trecho, onde o acidente ocorreu, por exemplo, é um dos pontos mais escuros da Rodovia, onde há quase um quilômetro sem nenhum poste com iluminação.
“Minha loja fica bem ali e presencio muitos acidentes naquele local por falta de iluminação e pela imprudência de certos condutores”, avaliou Gilmar, que presenciou o acidente.
Apesar das constantes cobranças dos moradores, a prefeitura e o governo do Estado, que deveriam ser os responsáveis pela organização da via, alegam não terem recursos para fazer intervenções neste momento.