Na bolsa da suspeita, a polícia apreendeu R$ 500 que seriam para completar o pagamento pelo homicídio, contratado por R$ 2,5 mil.
Bertha Muniz
A Polícia Civil de Campos dos Goytacazes caracterizou como homicídio qualificado o crime que resultou na morte da universitária Ana Paula Ramos, de 25 anos, baleada no último sábado (19), durante um falso assalto na Praça do Parque Rio Branco, em Guarus, distrito de Campos. Ela levou um tiro na cabeça e dois no tórax e morreu na noite de ontem (21), no Hospital Ferreira Machado (HFM), onde estava internada.
A princípio, as investigações da polícia apontavam para um latrocínio (roubo seguido de morte). No entanto, houve uma reviravolta no caso. A morte da universitária teria sido encomendada pela cunhada dela (mulher do irmão de Ana Paula), que estava com ela na pracinha, onde ocorreu o falso assalto.
Como a suspeita de ser a mandante não confessou, a polícia ainda descobriu a motivação do crime. Uma das hipóteses é de crime passional. A cunhada de Ana Paula foi presa no sábado dentro do HFM. Na bolsa da suspeita, a polícia apreendeu R$ 500 que seriam para completar o pagamento pelo homicídio, contratado por R$ 2,5 mil. Um dos matadores, M.S., de 19 anos também foi preso no dia do crime na Rua Capitão Menezes. Ele foi autuado por tentativa de latrocínio. Por ter machucado a mão durante a fuga, o suspeito foi atendido no Ferreira Machado antes de ser levado para delegacia.
Agentes do Serviço Reservado (P2) e do Grupamento de Ações Táticas (GAT I e II) do 8º Batalhão de Polícia Militar, além de Policiais Civis da 146ª Delegacia Policial de Guarus (146ª DP) chegaram a esta linha de investigação após a prisão do segundo suspeito de ser o matador de Ana Paula. Wermison Carlos Sigmaringa Ribeiro, de 19 anos, conhecido como WC, foi caputurado no final da noite de ontem (21), em uma casa da praia de Santa Clara, em São Francisco de Paula, para onde fugiu após o crime.
Segundo a Polícia Civil, ‘WC’ confessou o crime e apontou como mandante a cunhada da vítima. Wermison afirmou ainda que ele e seu comparsa, que foi preso no dia do crime, receberam R$ 2,5 mil. Ele também disse que antes de fugir para a praia de Santa Clara, enterrou seu celular no quintal de sua casa, a fim de evitar que fosse rastreado. O suspeito de ter contratado os assassinos de Ana Paula foi preso na manhã desta terça-feira (22). Marcelo Henrique Damaceno de Medeiros, de 25 anos, confirmou que foi procurado pela cunhada a vítima e aceitou contratar os matadores. Marcelo alegou que não teria recebido dinheiro. A arma utilizada no crime ainda não foi encontrada. Os acusados foram recolhidos para a Casa de Custódia Dalton Crespo de Castro, em Campos. Ana Paula estudava marketing e estava com casamento marcado para o dia 21 de outubro.
