A Lagoa de Iriry voltou a ser foco de uma ação da Prefeitura de Rio das Ostras nessa quarta-feira, 26, com uma operação da autarquia municipal Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) para fiscalizar ligações clandestinas de esgoto.
Considerado um importante patrimônio natural, turístico e de lazer da cidade, além de integrar uma Área de Proteção Ambiental (APA), a Lagoa de Iriry vem recebendo cada vez mais atenção da atual gestão do município depois de anos de abandono.
Segundo a prefeitura, durante a fiscalização dessa quarta-feira, as equipes do SAAE identificaram 6 ligações irregulares, conectadas indevidamente à rede de drenagem pluvial, com a notificação dos proprietários das residências para que regularizem a situação conforme as legislações sanitária e ambiental vigentes.
“Destacamos que o despejo irregular de esgoto nas galerias de águas pluviais provoca uma série de impactos ambientais e operacionais. Do ponto de vista sanitário, a descarga de efluentes sem tratamento contribui para o aumento da carga orgânica, coliformes fecais, nutrientes e demais contaminantes que escoam diretamente para praias, rios, canais e córregos, comprometendo a balneabilidade e elevando o risco de doenças de veiculação hídrica”, explicou o presidente do SAAE, Maycon Prata.
A prefeitura ressalta que as ligações clandestinas de esgoto favorecem processos de eutrofização, que são o acúmulo excessivo de matéria orgânica, causando mau cheiro e proliferação de vetores, além de danos à saúde pública e à qualidade ambiental.
O município lembra ainda que a presença de esgoto nas redes de drenagem, projetadas exclusivamente para o rápido escoamento de águas das chuvas, também contribui para a incidência de enchentes e alagamentos.
“Isso porque essas ligações causam acúmulo de resíduos sólidos, gorduras e sólidos sedimentáveis, reduzindo a capacidade hidráulica das galerias e provocando obstruções e extravasamentos. Esses problemas comprometem a eficiência do sistema de drenagem urbana e aumentam o custo de manutenção corretiva”, detalhou a prefeitura.
O governo reforça que, desde o início da atual gestão, em janeiro desse ano, vem priorizando o combate ao despejo irregular de esgoto nos corpos hídricos e no sistema de drenagem de diversos bairros e localidades da cidade.
As ações de fiscalização do SAAE são consideradas uma medida preventiva essencial para a proteção ambiental, para a recuperação dos ecossistemas aquáticos e para a melhoria das condições sanitárias do município.
“Além da identificação e eliminação das ligações clandestinas, as ações de fiscalização também possuem caráter educativo, orientando a população sobre a importância da destinação adequada dos efluentes e da preservação das lagoas, rios e praias, reforçando o compromisso do poder público com um ambiente mais saudável e sustentável para todos”, completou a prefeitura.