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Ave rara ameaçada de extinção é flagrada em área de restinga de Saquarema

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Uma das espécies de aves mais ameaçadas do Brasil, considerada em perigo de extinção pelo Ministério do Meio Ambiente, a formigueiro-do-litoral (Formicivora littoralis) foi flagrada por câmeras da Secretaria de Meio Ambiente de Saquarema.

Apontado como um marco histórico para a conservação da espécie, o registro foi feito no último mês de setembro, por equipamentos do Programa de Monitoramento da Fauna, em uma área de restinga da cidade.

Segundo dados do Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Biodiversidade, conhecido como SALVE, do Ministério do Meio Ambiente, a espécie tem uma população estimada de menos de 2.500 indivíduos.

Também ligado ao Ministério do Meio Ambiente, o Instituto Chico Mendes de Conservação do Meio Ambiente (ICMBio) contou ao portal UOL que praticamente todos os exemplares de formigueiro-do-litoral vivem em uma única área severamente fragmentada e ameaçada pela expansão imobiliária.

O órgão contou ainda que devido à sua baixa mobilidade, a espécie também tem tido pouco sucesso reprodutivo pela predação de ovos e filhotes por sagui-de-tufos-brancos (Callithrix jacchus), uma espécie invasora originária do Nordeste do país.

Com tamanho médio de apenas 13 centímetros (cm), peso em torno de 14 gramas (g), a pequena e discreta ave vive entre arbustos baixos, onde se alimenta de formigas e besouros, o que dificulta sua observação.

De acordo com informações do ICMBio e do Plano de Ação Nacional (PAN) para Conservação do Formigueiro-do-litoral, de 2010, os últimos representantes da espécie vivem em uma estreita faixa de 40 quilômetros (km) que abrange desde a Reserva Ecológica de Jacarepiá, em Saquarema, até a Ilha de Cabo Frio, em Arraial do Cabo.

Em comunicado ao UOL, a Prefeitura de Saquarema acredita que o flagrante reforça o trabalho realizado pela gestão municipal voltado para a preservação ambiental, e para a proteção da vegetação de restinga, tão presente na cidade e na região.

“O registro comprova o sucesso das políticas ambientais locais e destaca a importância da proteção das nossas restingas e da biodiversidade regional”, afirmou o governo municipal, em nota.

A identificação da fêmea em Saquarema teria sido feita pela ornitóloga Thayane Patusco, associada à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), graças a câmeras recém-instaladas, no último mês de junho.

Além da ave rara, outras duas espécies também foram registradas, como um imponente lagarto teiú, considerado o maior das Américas e que compreende 7 espécies, todas na América do Sul, e um ave saracura-três-potes (Aramides cajaneus).

Voltado para o mapeamento da biodiversidade local, o Programa de Monitoramento da Fauna tem como objetivo ainda guiar ações voltadas para a preservação ambiental, incluindo a recuperação das áreas de restinga, essenciais para a proteção do solo e a mitigação dos alagamentos.


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