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Flamengo pega grupo com times tradicionais, mas que há muito tempo não assustam na Libertadores 2019

Argentina's River Plate defender Gonzalo Montiel (L) vies for the ball with Brazil's Flamengo forward Vinicius Junior during their Copa Libertadores group D football match at Monumental Antonio Vespucio Liberti Stadium in Buenos Aires, Argentina, on May 23, 2018. / AFP PHOTO / EITAN ABRAMOVICH

Com Vinícius Júnior (foto) e invicto nos 2 confrontos contra o River Plate, campeão da Libertadores em 2018, o Mengão precisará fazer mais para convencer sua torcida e, principalmente seus adversários, de que o campeão da América em 81 é capaz de repetir o feito em 2019

De olho no vai-e-vem do mercado da bola, os torcedores e clubes brasileiros conheceram na noite desta segunda-feira, 17, os caminhos que enfrentarão em busca do tão sonhado e cobiçado título da Copa Libertadores da América 2019.

Com 6 representantes entrando diretamente na fase de grupos e 2 na chamada pré-Libertadores, o sorteio dos grupos não deve dar vida fácil aos brasileiros – como, aliás, acontece em todos os anos, na maior e mais tradicional competição do futebol sul-americano.

Único carioca na edição 2019 do torneio, o Flamengo, campeão em 81, ficou no Grupo D, ao lado de mais 2 adversários tradicionais, o pentacampeão Peñarol, do Uruguai (60/61/66/82/87), e também campeão LDU, do Equador (2008). Completando a chave, entrará um time boliviano, que pode ser o San Jose ou o Royal Pari.

Curiosamente, o Rubro-Negro da Gávea acabou dando “sorte” no sorteio, já que ao enfrentar equipes do Equador e da Bolívia, poderia fazer uma primeira fase com 2 jogos na altitude, armas já conhecidas dos times desses países.

Porém, exceto pela LDU, que manda seus jogos na temível altitude de Quito (2.850 m), os times bolivianos que disputam a vaga no grupo do Mengão são de cidades “mais baixas” em relação aos 3.640 m da capital, La Paz. Enquanto o San José joga em San José de Chiquito, 509 m acima do nível do mar, o Royal Pari manda seus jogos em Santa Cruz de la Sierra, com 416 m de altitude.

Se a altitude não assusta, tampouco o retrospecto recente dos adversários mais tradicionais, que assim como o próprio Flamengo, vêm tendo resultados entre aquém de sua história quando o assunto são confrontos pelo território sul-americano.

Se o Rubro-Negro tem como melhor resultado continental nos últimos anos o vice da Copa Sul-Americana, em 2017, o “cheirinho” do Peñarol é ainda pior. Os uruguaios assustaram pela última vez com o vice da Libertadores de 2011, mesmo ano, aliás, em que a LDU chegou à sua última decisão continental, perdendo a Sul-Americana na ocasião.

Depois de seguidas eliminações na primeira fase, o Mais Querido do Brasil volta à Libertadores em 2019 com mudanças que vão desde a presidência até o campo, embora, por enquanto, a principal delas seja a confirmação de que Abel Braga, técnico campeão da Liberta e do Mundo com o Internacional em 2006, comandará a equipe.

Outros grupos – Atual campeão Brasileiro, o Palmeiras (99) ficou no Grupo F, onde vai rever o Junior Barranquilla, da Colômbia, rival que despachou com facilidade na edição deste ano, além do San Lorenzo, da Argentina (2014). A última vaga será decidida entre Melgar, do Peru; Universidad de Chile; Delfín, do Equador; Nacional do Paraguai; e Caracas, da Venezuela.

Já o Internacional (2006 e 2010), que retorna à competição depois de 4 anos de ausência e sua primeira queda para a Série B, em 2016. O Colorado vai encarar nada menos que os atuais campeões do torneio, os argentinos do River Plate (86, 96, 2015, 2018), além do Alianza Lima, do Peru. Fecha o Grupo A quem passar da chave que tem São Paulo (92, 93 e 2005), Talleres, da Argentina; Palestino, do Chile; e Independiente Medellín, da Colômbia.

Cabeça de chave do Grupo H, o Grêmio (83, 95 e 2017) terá pela frente o Rosário Central, da Argentina; e o Universidad Católica, do Chile. O quarto integrante da chave sair de um complicado confronto que tem 8 times como possibilidade, entre eles o favorito, Atlético Nacional, da Colômbia (89 e 2016).

Encabeçando o Grupo B, o Cruzeiro (76 e 97) é o único brasileiro ao lado do Athletico Paranaense que conhece todos os seus adversários da primeira fase da Libertadores 2019. Enquanto o time Celeste terá pela frente o Hurucán, da Argentina; o Emelec, do Equador; e o Deportivo Lara, da Venezuela; o Furacão, que mudou de nome e de escudo, vai enfrentar no Grupo G o temido Boca Juniors, da Argentina (77, 78, 2000, 2001, 2003, 2007); os bolivianos do Jorge Wilstermann; e o Deportes Tolima, da Colômbia.

Último brasileiro na competição, o Atlético Mineiro (2013) encara no Danúbio, do Uruguai, já na segunda fase da pré-Libertadores. Caso avance para a fase de grupos, o Galo ficará no Grupo E, ao lado do Nacional do Uruguai (71, 80 e 88), Cerro Porteño, do Paraguai; e Zamora, da Venezuela.

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