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Depois de 1ª vitória no returno, Botafogo ainda vive dias conturbados com repercussão de declarações polêmicas

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Depois das polêmicas declarações do ex-presidente do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro, o técnico interino Bruno Lazaroni chegou a dizer aos atletas que pediria demissão se eles não acreditassem em sua palavra.;

A declaração teria sido dada no treino da última quinta-feira, 10, em que Bruno Lazaroni, filho do ex-técnico da Seleção na Copa do Mundo de 1990, Sebastião Lazaroni, negou que tenha usado os termos citados no áudio vazado, e o elenco mostrou cumplicidade e confiança no profissional.

De acordo com o site UOL, o grupo não teria gostado nada das declarações do ex-dirigente, de quem os jogadores agora manteriam distância. Ao mesmo tempo em que Montenegro voltou a emprestar dinheiro para pagar salários atrasados, teve um áudio vazado no WhatsApp em que critica diversos atletas do elenco, seguindo a velha máxima de que “quem paga a banda, escolhe o repertório”.

No áudio, Montenegro teria ainda confirmado a provável chegada do técnico Alberto Valentim, que deixou o comando técnico do Avaí após empate em 0 a 0 com o Vasco, na noite desta quinta, na Ressacada, em Santa Catarina. Aliás, de acordo com o ex-presidente, nem mesmo o treinador, que ainda nem chegou ao clube, deveria ficar no clube no ano que vem.

“Eu em 2020 não gostaria de ninguém desse elenco, ninguém. Como titular ninguém, nem técnico nem nada. Inclusive o Gatito [Fernández], que tem falhado um jogo atrás do outro”, disse Montenegro no áudio vazado.

Em um dos registros gravados antes da vitória por 3 a 1 diante do Goiás, no Nilton Santos, Montenegro teria contado sobre uma conversa com o treinador interino Bruno Lazaroni em que o assunto principal teria sido o aproveitamento do atacante Rodrigo Pimpão no elenco.

“Ô Bruno, me explica uma coisa, o que você acha do Pimpão? Ele falou: fraquíssimo, é um jogador que não deveria estar no Botafogo. Por exemplo, vem mal nos últimos 70 jogos, entrou no último jogo e não fez nada. Eu falei, por que que ele é escalado? Por que é que joga ele e não joga o [Leo] Valencia? Ele falou: porque os jogadores não gostam do Valencia. Pimpão é ruim, mas vai para um lado e para o outro, corre, perde a bola, tenta ajudar, mas é ruim. O Leo Valencia não joga e ainda coloca a culpa nos outros. Quando as coisas não dão certo, bota a culpa nos outros. É uma pessoa não confiável para os jogadores. Está no banco, vai entrar, mas, da mesma forma que o Pimpão é fraco, o Leo Valencia não é bem aceito pelos outros”, teria relado o ex-dirigente, causando a conversa entre Lazaroni e o elenco no treino desta quinta.

Em entrevista ao site FogãoNet, o ex-presidente pediu desculpas ao técnico interino e defendeu a posição de Lazaroni na conversa, que segundo ele, teria elogiado todo o grupo de jogadores do Botafogo.

“Eu queria pedir desculpas ao Lazaroni. Desses vazamentos, a coisa que eu fiquei triste, realmente, foi a possibilidade de alguém colocar alguma coisa em relação ao Bruno que não aconteceu nunca. Ele defendeu muito os jogadores, destacando os pontos fortes de todos eles, até mesmo do Pimpão. Quem falou mal fui eu. Eu vi nele profissionalismo o tempo todo. E vou te dizer uma coisa, pode sair muita gente ano que vem, mas ele é um dos que eu gostaria que ficasse”, disse Montenegro.

Segundo ele, os áudios teriam sido enviados em vários momentos, como logo após a derrota por 1 a 0 para o Fluminense, o dia seguinte ao jogo, e depois de um encontro com os próprios jogadores do Alvinegro.

A respeito dos jogadores, Montenegro falou que respeita o grupo, mas ressaltou que apesar do respeito, não é obrigado a gostar de todos e aceitar que eles fiquem no clube a vida toda, lembrando que emprestou dinheiro para pagar os salários dos atletas.

O ex-dirigente relatou ainda que apesar não conversar com o elenco, tentou se explicar ao zagueiro argentino Joel Carli, muitas vezes capitão do time, e que não enfrentou o Goiás por estar se recuperando de lesão, mas pode voltar no jogo do próximo sábado, 12, no duelo contra o Palmeiras, no Pacaembu, em São Paulo.

“Nada. Eu falei apenas com o Carli, que é um dos líderes do elenco, sobre o que aconteceu. Expliquei qual foi a sequência dos fatos e pedi a ele para comunicar tudo isso aos jogadores. Eu assumo muitas coisas”, relatou Montenegro.

Sobre o time atual, o ex-presidente criticou o ano do Botafogo em todas as competições mesmo com a crise financeira que o clube enfrenta há alguns anos e que se agravou ao longo deste ano, com salários atrasados, entre outros problemas.

“Um Campeonato Carioca péssimo, uma eliminação horrorosa na Copa do Brasil contra o Juventude; saímos da Copa Sul-Americana e estamos fazendo um Campeonato Brasileiro regular. É motivo de orgulho? Não acho. Eu, como botafoguense, gostaria de mais. Temos que procurar sempre mais e é isso que vamos fazer ano que vem. As mudanças vão atingir todo mundo. O futebol vai ser comandando pelo dono de uma empresa. Eles podem usar umas pessoas de hoje ou não”, disparou Montenegro, fazendo referência ao projeto dos irmãos Moreira Salles de separar a sede social do futebol do Botafogo, que passaria a ser gerido por uma empresa a partir do ano que vem.


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